Depois de ouvir Patti, vamos ler (outra vez) Patti
M Train será editado em Portugal pela Quetzal: sai em Fevereiro de 2016.
M Train, com edição norte-americana agendada para 6 de Outubro, segue viagem por 18 estações da vida de Patti Smith, usando os lugares como atalhos para fases determinantes na sua vida ou para destapar algumas das suas referências artísticas. “Falamos muito de road movies, mas aqui acho que se trata de um road book”, diz ao Ípsilon Francisco José Viegas, editor da Quetzal, que adquiriu os direitos de publicação para Portugal de M Train após o sucesso de Apenas Miúdos – “uma coisa surpreendente”, confessa, quatro edições com vendas a rondar os seis mil exemplares. Precisando essa ligação entre lugares e paixões intelectuais, Viegas refere que Smith “fala do Japão por causa do Mishima, fala do Rimbaud e do Genet por causa de Paris, mistura tudo”, e salienta o maravilhamento da cantora com a visita à casa de Frida Kahlo, no México.
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M Train, com edição norte-americana agendada para 6 de Outubro, segue viagem por 18 estações da vida de Patti Smith, usando os lugares como atalhos para fases determinantes na sua vida ou para destapar algumas das suas referências artísticas. “Falamos muito de road movies, mas aqui acho que se trata de um road book”, diz ao Ípsilon Francisco José Viegas, editor da Quetzal, que adquiriu os direitos de publicação para Portugal de M Train após o sucesso de Apenas Miúdos – “uma coisa surpreendente”, confessa, quatro edições com vendas a rondar os seis mil exemplares. Precisando essa ligação entre lugares e paixões intelectuais, Viegas refere que Smith “fala do Japão por causa do Mishima, fala do Rimbaud e do Genet por causa de Paris, mistura tudo”, e salienta o maravilhamento da cantora com a visita à casa de Frida Kahlo, no México.
De M Train sabe-se ainda que deverá incluir algumas polaroids a preto-e-branco do arquivo pessoal de Patti Smith e que a sua narrativa terá início no café em Greenwhich Village onde a cantora tomava o café da manhã e escrevia algumas notas que acabaria por ser desenvolvidas nos dois livros. No final do ano passado, em declarações à revista Rolling Stone, Patti revelava acerca do novo tomo: “Queria escrever um livro contemporâneo ou escrever apenas aquilo que me apetecesse, o que engloba coisas desde literatura a café a memórias do Fred no Michigan. É aquilo que me apeteceu. Saltava para um comboio e seguia caminho.”<_o3a_p>
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Para o editor português, uma das curiosidades de M Train é o paralelismo que permite estabelecer entre as duas relações centrais em cada obra: “em Just Kids ela está com o [fotógrafo Robert] Mapplethorpe na cena intelectual e musical nova-iorquina; aqui está com o marido, o Fred ‘Sonic’ [Smith, guitarrista dos MC5] no Michigan, não há contraste maior.” Considerando que de M Train “desapareceu um pouco o lado mais rebelde de Just Kids e aquela euforia com o Mapplethorpe”, Francisco José Viegas revela ainda ao Ípsilon que a tradução ficará a cargo do poeta Helder Moura Pereira. E não resiste a sublinhar a ligação especial que Patti Smith tem com a Quetzal através de dois factos: 1) a cantora declarou em entrevista que a edição portuguesa de Just Kids era a sua preferida entre todas as que foram dadas à estampa mundo fora; 2) actuou em palco em Nova Iorque com uma t-shirt de 2666, de Roberto Bolaño, produzida pela Quetzal aquando da edição portuguesa da monumental obra do escritor chileno.