Portugal cada vez mais longe dos Jogos Olímpicos
A selecção nacional de sevens perdeu com a Espanha e já não conseguirá melhor do que o quinto lugar na primeira etapa do Grand Prix Series
Bastou uma etapa para que o apuramento para os Jogos Olímpicos do Rui de Janeiro via Circuito Europeu se transformasse numa utopia. Depois de três vitórias no primeiro dia, Portugal caiu neste domingo de manhã contra a Espanha (14-15) nos quartos-de-final da primeira etapa do Grand Prix Series, hipotecando quase em definitivo as possibilidades de se sagrar campeão europeu e, dessa forma, garantir o bilhete olímpico. Restará depois uma muito complicada repescagem.
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Bastou uma etapa para que o apuramento para os Jogos Olímpicos do Rui de Janeiro via Circuito Europeu se transformasse numa utopia. Depois de três vitórias no primeiro dia, Portugal caiu neste domingo de manhã contra a Espanha (14-15) nos quartos-de-final da primeira etapa do Grand Prix Series, hipotecando quase em definitivo as possibilidades de se sagrar campeão europeu e, dessa forma, garantir o bilhete olímpico. Restará depois uma muito complicada repescagem.
A grande preocupação dos responsáveis portugueses era a super reforçada França, mas bastou defrontar uma Espanha mediocre para Portugal descer à terra. Num filme já visto nesta época, a selecção nacional dominou, teve mais bola, jogou quase sempre no meio campo adversário, mas revelou-se previsível e ineficaz no ataque, enquanto na defesa permitiu que o adversário pontuasse em quase todos os ataques.
Apesar de não contar com os lesionados Carl Murray e Duarte Moreira, Portugal mostrou durante os 14 minutos ter mais qualidade do que os espanhóis, uma equipa com clara falta de ritmo competitivo nas pernas e que no primeiro dia tinha perdido com a Alemanha (7-12) e a Rússia (5-24). No entanto, essa superioridade de nada valeu.
A primeira metade do primeiro tempo foi jogada com Portugal a atacar sem conseguir criar desequilíbrios no adversário e quando o cenário para facilitado para os portugueses com a exclusão de dois minutos de um espanhol, aconteceu o contrário: com menos um, a Espanha aproveitou o primeiro ataque para fazer ensaio. No último minuto, no entanto, José Maria Vareta fez toque de meta e com uma boa conversão de Nuno Sousa Guedes, Portugal ia para o intervalo a ganhar (7-5) e parecia ter o apuramento sob controlo.
Porém, na segunda parte, a equipa portuguesa surgiu ainda pior. Com erros sucessivos a atacar, Portugal não conseguia furar a defesa espanhola e quando perdia a bola, a Espanha mostrava muito mais cabeça e, com dois ensaios, passou a vencer por 7-15. Com pouco mais de dois minutos para marcar por duas vezes, Portugal não mostrou sangue frio para dar a volta ao marcador e o ensaio de Adérito Esteves, na “bola de jogo”, de nada valeu (14-15).
Com a queda nos quartos-de-final em Moscovo - o melhor que a selecção nacional pode alcançar na primeira etapa é o quinto lugar -, Portugal precisará de um milagre nas duas últimas etapas para alcançar o apuramento Olímpico. Se não o conseguir, restará depois uma repescagem, onde os prováveis adversários (Samoa, Canadá, Irlanda, Japão, entre outros) serão bem superiores à quase totalidade das equipas que competem no Circuito Europeu.