Medina considera "absurdo" pagar 20 euros por um táxi no aeroporto
O presidente da Câmara de Lisboa defende a criação de uma tarifa única, em nome da transparência, mas critica o valor proposto pelas associações do sector.
Isso mesmo foi defendido por Fernando Medina numa entrevista à Antena 1 transmitida esta quinta-feira de manhã. O autarca socialista sublinhou várias vezes que “a câmara não tem qualquer responsabilidade na fixação” dessa tarifa, mas admitiu que a sua existência pode ser positiva, desde logo por trazer “transparência” aos tarifários praticados.
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Isso mesmo foi defendido por Fernando Medina numa entrevista à Antena 1 transmitida esta quinta-feira de manhã. O autarca socialista sublinhou várias vezes que “a câmara não tem qualquer responsabilidade na fixação” dessa tarifa, mas admitiu que a sua existência pode ser positiva, desde logo por trazer “transparência” aos tarifários praticados.
Quanto aos 20 euros que têm estado em discussão, Fernando Medina disse que esse “é um valor absurdo”. A proposta da Federação Portuguesa do Táxi e da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros é que esse seja o montante a cobrar a todos os passageiros que realizem viagens de táxi com início da zona de chegadas do aeroporto da Portela, e que distem até 14,8 quilómetros.
“O funcionamento da praça de táxis [do aeroporto] não é positivo”, reconheceu ainda o presidente da câmara. Entre outros aspectos, Fernando Medina considera que há margem para melhorar “a qualidade de prestação do serviço” e a “limpeza dos carros”. Naquilo que compete ao município, o autarca adiantou que existe a disposição para se “trabalhar numa solução” que contribua para uma melhoria da situação actual.
Nesta entrevista, o sucessor de António Costa negou que as tarifas da água na cidade tenham duplicado com as alterações tarifárias introduzidas no passado mês de Janeiro. “Houve um aumento, isso é indiscutível, um aumento que foi controlado”, disse, frisando que olhando para o conjunto da Área Metropolitana de Lisboa a capital tem “dos valores de prestação de serviço mais baixos”.
Quanto aos concursos lançados pelo Governo para a subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa, Fernando Medina afirmou ter a “confiança” de que será possível travá-los. “Temos a razão jurídica do nosso lado. A câmara tem direitos patrimoniais sobre as companhias que nunca foram ressarcidos”, rematou.