Dois ex-dirigentes da FIFA na lista dos mais procurados da Interpol
Pedido feito pelas autoridades norte-americanas no dia seguinte à demissão de Blatter, que estará sob investigação do FBI.
O tobaguenho Jack Warner, antigo vice-presidente da FIFA e líder da Federação de Trindade e Tobago, e o paraguaio Nicolas Leoz, ex-membro do comité executivo da FIFA e presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), são os dois nomes mais sonantes da lista. Estes dois responsáveis têm sido referidos em vários dos escândalos que assolaram a FIFA nos últimos anos e fazem parte da lista de 14 investigados pelas autoridades norte-americanas.
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O tobaguenho Jack Warner, antigo vice-presidente da FIFA e líder da Federação de Trindade e Tobago, e o paraguaio Nicolas Leoz, ex-membro do comité executivo da FIFA e presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), são os dois nomes mais sonantes da lista. Estes dois responsáveis têm sido referidos em vários dos escândalos que assolaram a FIFA nos últimos anos e fazem parte da lista de 14 investigados pelas autoridades norte-americanas.
Os outros quatro procurados são os argentinos Alejandro Burzaco (responsável de uma empresa de marketing chamada Torneos y Competencias S.A), Hugo Jinkis e Mariano Jinkis (responsáveis de outra empresa de marketing chamada Full Play Group S.A) e o brasileiro José Margulies, também conhecido como José Lázaro (responsável pelas empresas de transmissões televisivas Valente Corp. e Somerton Ltd).
Estes seis homens estão a ser investigados por corrupção, conspiração para extorsão e branqueamento de capitais, pelo alegado pagamento de subornos de 151 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros) durante 24 anos.
Estes “alertas vermelhos” destinam-se a informar os países-membros da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) de que foi emitido um mandado de captura de uma pessoa e que uma autoridade judicial pede a localização, detenção e, eventualmente, extradição desse indivíduo, explica a Interpol, acrescentando que não pode obrigar nenhum país a cumprir a detenção de uma pessoa que integra esta lista.
Este é o mais recente desenvolvimento das investigações das autoridades norte-americanas a casos de corrupção na FIFA, que, para já, culminaram na demissão de Joseph Blatter, que, segundo o New York Times, estará igualmente a ser investigado pelo FBI.
Este processo foi desencadeado na semana passada, quando, em vésperas das eleições da FIFA em Zurique, foram detidos sete responsáveis do organismo que gere o futebol mundial.
Blatter recusou adiar as eleições ou retirar a sua candidatura e acabou por mesmo vencer o acto eleitoral realizado na sexta-feira. Mas quatro dias depois da reeleição, não resistiu e demitiu-se.