Portugueses insatisfeitos com a economia mas felizes com as relações pessoais
Relatório do Eurostat conclui que situação financeira coloca portugueses entre os europeus menos satisfeitos com a qualidade de vida.
Relações pessoais, habitação, tempo passado em transportes entre casa e trabalho, ambiente de vida, áreas verdes e recreativas, utilização do tempo, trabalho e situação financeira. Foi com base nestes oito critérios que a análise do Eurostat se debruçou e para a qual foi pedida uma avaliação aos europeus com mais de 16 anos. Os resultados referem-se a 2013 e foram apresentados esta segunda-feira. A cada país foi atribuída uma pontuação de zero (totalmente insatisfeito) a dez (completamente satisfeito).
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Relações pessoais, habitação, tempo passado em transportes entre casa e trabalho, ambiente de vida, áreas verdes e recreativas, utilização do tempo, trabalho e situação financeira. Foi com base nestes oito critérios que a análise do Eurostat se debruçou e para a qual foi pedida uma avaliação aos europeus com mais de 16 anos. Os resultados referem-se a 2013 e foram apresentados esta segunda-feira. A cada país foi atribuída uma pontuação de zero (totalmente insatisfeito) a dez (completamente satisfeito).
No caso dos portugueses, a pontuação mais elevada foi registada quando questionados sobre as suas relações pessoais. A média da UE é de 7,8. Portugal ficou com 7,9. A maior insatisfação manifestada pelos portugueses foi sobre a sua situação financeira. A média entre europeus é de 6,0, mas em Portugal cai para 4,5 pontos. Pior do que os portugueses sentem-se os búlgaros (3,7) e os gregos (4,3). Os europeus mais satisfeitos vivem na Dinamarca, Holanda, Finlândia e Suécia, onde as pontuações são acima dos 7 pontos.
A pontuação média de Portugal para o tempo gasto entre a casa e o local de trabalho foi de 7,5 (UE 7,4), para a habitação 7,3 pontos (UE 7,5), e para a satisfação com o emprego 7 (UE 7,1).
Os búlgaros são os europeus menos satisfeitos com a qualidade de vida (4,8 de pontuação), em contraste com a Suécia, Finlândia e Dinamarca, todos com uma pontuação de 8.
Apesar da crise económica ou das diferenças entre as respostas de cada país às necessidades das suas populações, uma boa avaliação dos relacionamentos pessoais é transversal entre os Estados-membros. Este critério que serve para avaliar a qualidade de vida dos europeus foi o que recebeu as pontuações mais altas em quase todos os países. À excepção da Bulgária, revelaram pontuações entre os 7 e os 8 pontos. A Irlanda lidera na satisfação com as relações pessoais, com uma pontuação de 8,6, sendo a média europeia de 7,8. Seguem-se a Dinamarca e Áustria (ambas com 8,5) e Malta (8,4).
Porém, houve países onde os relacionamentos não receberam as pontuações mais elevadas. Foi o caso da Bélgica e da Finlândia, que deram a sua nota mais alta às condições de habitação, ou da Suécia, onde a satisfação com áreas verdes e recreativas é mais significativa.
Com base nestas pontuações, o Eurostat avança no seu relatório Qualidade de vida na Europa que quase metade dos europeus dentro da União Europeia (49,2%) admitiram um nível médio de satisfação com a sua situação financeira em 2013 (6-8 de 10), 37,6% indicaram um nível de satisfação baixo e apenas 13,2% um nível elevado de satisfação.