A Zomato já está no Porto para ajudar a escolher restaurantes, bares e cafés
São 3500 espaços de restauração e bares no Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos: a partir desta segunda-feira, os fãs da aplicação de busca de restaurantes Zomato já podem orientar-se na Invicta para saber onde ir comer.
Estão, para já, registados 3500 locais, o que corresponde a cerca de 60% do distrito (que inclui Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos Sul).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Estão, para já, registados 3500 locais, o que corresponde a cerca de 60% do distrito (que inclui Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos Sul).
Durante três semanas, uma equipa da Zomato andou, de mapa na mão, a percorrer as ruas do Porto e a entrar em todos os cafés e restaurantes recolhendo informações. “É a nossa forma de funcionar”, explica Miguel Ribeiro, director-geral da Zomato Portugal. “É aquilo a que chamamos feet on the street. Depois vamos manchando o mapa, rua a rua, espaço a espaço.”
Calcula que por semana registem em média mil restaurantes, um trabalho que no Porto até aqui foi feito por uma equipa de cinco pessoas, que deverá em breve aumentar para perto de 20. Parte desta equipa alargada trabalhará na área de conteúdos, recolhendo informação na rua, e outra parte ocupar-se-á do marketing e das vendas.
A Zomato vende espaço publicitário, identificado como tal e separado dos rankings dos restaurantes que são estabelecidos apenas a partir das votações dos utilizadores registados na app. Ao mesmo tempo, a equipa de marketing sensibiliza os donos dos espaços da importância de se tornarem “embaixadores” da plataforma, explicando-lhes que quanto mais referências (textos e fotos) de clientes houver mais destacado o local surge nas listas.
O número de locais identificado no Porto ficou abaixo do que tinham imaginado. “Estávamos a prever lançar a aplicação com 5000 espaços depois da cobertura de 60% do território. Acabámos por lançar com 3500 e julgo que quando tivermos 100% do território coberto não ultrapassaremos os 4500”, diz Miguel Ribeiro. E, note-se, a Zomato tem como princípio registar tudo o que existe. “Queremos ser exaustivos e garantir que as pessoas encontram até a mais pequena tasquinha.”
Para o lançamento criaram cinco colecções – Mar à vista, Gelados, Brunches, Pérolas Escondidas e Petiscos – cada uma com mais de 20 estabelecimentos registados. “O nosso objectivo é, tal como fazemos nas outras cidades, ir criando mais colecções até chegarmos às 20 ou 30”. Estas mudam também conforme as épocas ou os pedidos dos utilizadores. Tratando-se do Porto, será inevitável ter uma de francesinhas, mas esperam também que as pessoas que melhor conhecem a cidade sugiram outras (em Lisboa, para além da organização dos espaços por tipos de locais ou de comida surgiram colecções como os “caracóis de corrida” ou “cervejas abaixo de um euro” ou, para o Inverno, os “restaurantes com lareira”).
Quanto a utilizadores, a expectativa da Zomato é elevada. “Há muito tempo que sentíamos uma pressão grande para nos lançarmos no Porto”, conta o responsável. “Tínhamos muitos pedidos e entre ontem [domingo, dia em que a aplicação ficou disponível] e hoje [segunda, dia em que foi anunciada oficialmente] já recebemos 300 opiniões de utilizadores sobre espaços.”
Só avançaram agora porque queriam estar “em velocidade de cruzeiro” em Lisboa. Mas depois do Porto estão prontos para avançar para Setúbal e Faro – o que deverá acontecer até ao final do ano. E de seguida, Miguel admite que a Zomato chegue ao Funchal, que representa uma proposta diferente das que habitualmente têm. No entanto, sublinha, é sempre preciso fazer uma avaliação prévia porque “não faz sentido lançar a Zomato numa cidade que tenha menos de mil restaurantes”.
A equipa de Portugal já tem uma grande experiência e o sucesso conseguido em Lisboa fez com que fosse chamada a lançar a Zomato noutros países, como a República Checa, a Polónia ou a Eslováquia. Fizeram nestes locais o mesmo que agora no Porto: enviaram inicialmente uma equipa de Lisboa, entre uma e quatro pessoas, para fazer a formação, conhecer a cidade e identificar os locais por onde começar. Depois de o projecto estar estruturado passa a ser gerido no terreno por uma equipa local.
No caso do Porto, a equipa local está apenas a recolher a informação que depois é colocada na plataforma a partir de Lisboa, onde trabalham já 40 pessoas. Na capital, a Zomato tem registados 11.500 espaços de restauração e num ano conseguiu 150 mil utilizadores e 1,2 milhões de visitas por mês.
Para além da informação exaustiva que fornece sobre os espaços, a aplicação é também uma rede social alimentada pelos foodies, os frequentadores de restaurantes que vão postando as suas impressões e fotos sobre os locais e criam as suas próprias redes de seguidores.
A Zomato, que foi fundada na Índia em 2008 (um investimento da Sequoia Capital, Vy Capital e Info Edge Limited, num total de 163 milhões de dólares), está actualmente em 22 países e reúne informações sobre mais de um milhão de restaurantes, recebendo 80 milhões de visitas por mês.
Em Portugal, diz Miguel Ribeiro, vai continuar a expandir-se não só em número de cidades mas também na criação de iniciativas diferentes. Um exemplo? No Mercado de Campo de Ourique, em Lisboa, vai haver um espaço Zomato para quem quiser, em condições óptimas de luz, fotografar o que vai comer.