Alvalade, ponto de partida e de chegada

À festa no Jamor seguiu-se um segundo round em casa, já pela noite dentro.

Foto
Francisco Leong/AFP

Quem não teve direito a um bilhete para o Jamor e quis acompanhar em ambiente de festa o último encontro da época teve as portas de Alvalade abertas. Tal como no Estádio Nacional, houve apreensão e descrença nas bancadas. Tal como no Estádio Nacional, a confiança regressou no final da segunda parte. Tal como no Estádio Nacional, a festa teve um significado redobrado.

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Quem não teve direito a um bilhete para o Jamor e quis acompanhar em ambiente de festa o último encontro da época teve as portas de Alvalade abertas. Tal como no Estádio Nacional, houve apreensão e descrença nas bancadas. Tal como no Estádio Nacional, a confiança regressou no final da segunda parte. Tal como no Estádio Nacional, a festa teve um significado redobrado.

Foi pelos ecrãs do “seu” estádio que milhares de sportinguistas seguiram à distância o que se passava em Oeiras. Mas para os que aguentaram firmes até pouco depois das 23h a recompensa seria servida com o desfile dos vencedores e a apresentação do troféu. “Os adeptos esperaram muitos anos por este momento e merecem tudo o que estão a viver”, sublinhava, de fugida, o presidente Bruno de Carvalho, à chegada a Alvalade.

Lá dentro, nas bancadas, a expectativa era grande, tão grande quanto a euforia traduzida pelos cânticos, pelos very-lights que embaciavam a noite e pelas bandeiras da praxe, as tradicionais e as das claques. “Estivemos a sofrer e quase com o coração na boca”, confessava uma jovem apoiante do clube, convencida de que a angústia momentânea tinha valido a pena.

Por essa altura, os cânticos iam alternando, com e sem a ajuda do “DJ” de serviço — “E o Sporting é o nosso grande amor”. Até que os jogadores , de medalha ao peito, se alinharam no túnel de acesso para começarem a colher os louros. Os holofotes baixaram de intensidade, os aplausos subiram de tom quando Marco Silva, a abrir as hostilidades, estreou o corredor improvisado para os vencedores, rumo ao palco.

Depois, foi o desfile dos artífices da Taça, por ordem numérica, para não ferir susceptibilidades. Jefferson, Ewerton, André Martins... até chegar a Slimani, Nani ou Rui Patrício, os mais ovacionados da noite. Os telemóveis eram um ponto de partilha entre jogadores (a eternizarem o momento) e adeptos, mas um pormenor apenas quando comparados com o troféu. Esse sim, o trampolim da festa.