EUA retiram Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo

O próximo passo deverá ser a abertura de verdadeiras embaixadas em Havana e Washington.

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Mural de Che Guevara em Havana Enrique de la Osa/REUTERS

Como parte da política de reaproximação, anunciada por Cuba e pelos EUA em Dezembro passado, o Presidente Barack Obama anunciou a 14 de Abril que tinha a intenção de remover a ilha comunista da lista, onde foi inserida em 1982, pela Administração de Ronald Reagan, acusando-a de apoiar a ETA basca e as FARC colombianas. Após o anúncio de Obama, iniciou-se um processo de avaliação pelo Congresso de 45 dias, que terminou nesta sexta-feira. Permanecem na lista a Síria, o Sudão e o Irão.

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Como parte da política de reaproximação, anunciada por Cuba e pelos EUA em Dezembro passado, o Presidente Barack Obama anunciou a 14 de Abril que tinha a intenção de remover a ilha comunista da lista, onde foi inserida em 1982, pela Administração de Ronald Reagan, acusando-a de apoiar a ETA basca e as FARC colombianas. Após o anúncio de Obama, iniciou-se um processo de avaliação pelo Congresso de 45 dias, que terminou nesta sexta-feira. Permanecem na lista a Síria, o Sudão e o Irão.

Com a saída da lista, anunciada num comunicado do Departamento de Estado, acabar-se-iam as limitações de Havana receber ajuda económica externa, a proibição de exportação de armas para Cuba e os controlos sobre a exportação de tecnologias quem têm um possível “uso duplo”, civil e militar, que afecta, por exemplo, alguns produtos químicos e medicamentos.

Mas as limitações vão continuar, porque as sanções económicas do embargo económico a Cuba, em vigor desde da década de 1960, relíquias da Guerra Fria, ainda não caíram, sublinha a Reuters.

No entanto, Cuba sempre apontou a sua designação como Estado patrocinador de terrorismo como um entrave ao restabelecimento de relações diplomáticas com os EUA e à transformação das chamadas Secções de Interesses que os dois países têm em Washington e Havana como verdadeiras embaixadas. Ambos os países têm mantido negociações e dizem estar agora próximos de um acordo para abrir representações diplomáticas nas respectivas capitais.

Os dois maiores obstáculos a uma relação normal estão do lado dos EUA: o embargo e a base da marinha americana na baía de Guantánamo, desde 1903, e cuja soberania Havana quer reaver.