Visitas guiadas
Dois excelentes documentários sobre o estado do museu em museus “do Estado”, com vantagem marginal para Frederick Wiseman.
É como se os filmes funcionassem na perfeição em tandem, como se — passe a generalização — Wiseman fosse o director’s cut integral, mais solto, e Holzhausen a “versão curta”, mais formalista e rigorosa. Central a ambos é a questão da sobrevivência de uma entidade museológica na actual paisagem cultural global — e tanto Holzhausen como Wiseman acompanham momentos de restauro de instalações e inauguração de exposições, bem como o questionamento por parte das direcções sobre o equilíbrio necessário entre o clássico e o moderno, entre o artístico e o comercial, de acordo com cadernos de encargos de “serviço público cultural”. Tudo sem perder de vista que nada disto faz sentido se não houver a arte, sempre, no centro. A vantagem, ainda assim, vai para Wiseman, cujo National Gallery respira um outro fôlego — mas seria injusto minimizar O Grande Museu só por não trazer a assinatura de um mestre.
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É como se os filmes funcionassem na perfeição em tandem, como se — passe a generalização — Wiseman fosse o director’s cut integral, mais solto, e Holzhausen a “versão curta”, mais formalista e rigorosa. Central a ambos é a questão da sobrevivência de uma entidade museológica na actual paisagem cultural global — e tanto Holzhausen como Wiseman acompanham momentos de restauro de instalações e inauguração de exposições, bem como o questionamento por parte das direcções sobre o equilíbrio necessário entre o clássico e o moderno, entre o artístico e o comercial, de acordo com cadernos de encargos de “serviço público cultural”. Tudo sem perder de vista que nada disto faz sentido se não houver a arte, sempre, no centro. A vantagem, ainda assim, vai para Wiseman, cujo National Gallery respira um outro fôlego — mas seria injusto minimizar O Grande Museu só por não trazer a assinatura de um mestre.