Vacina Prevenar dada nos centros de saúde só a partir de 1 de Julho
Pais com bebés com dois ou quatro meses ou adiam um mês a vacinação ou têm de comprar Prevenar com apenas 15% de comparticipação
Esta vacina que previne doenças causadas por pneumococos (bactéria) como a meningite, a pneumonia, a septicémia e a otite, entre outras, vai assim ser integrada no Programa Nacional de Vacinação (PNV) um mês mais tarde do que foi anunciado. As crianças são vacinadas de acordo com o esquema recomendado de três doses, sendo a primeira dada aos dois meses de idade, a segunda aos quatro meses e a última entre os 12 e 15 meses.
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Esta vacina que previne doenças causadas por pneumococos (bactéria) como a meningite, a pneumonia, a septicémia e a otite, entre outras, vai assim ser integrada no Programa Nacional de Vacinação (PNV) um mês mais tarde do que foi anunciado. As crianças são vacinadas de acordo com o esquema recomendado de três doses, sendo a primeira dada aos dois meses de idade, a segunda aos quatro meses e a última entre os 12 e 15 meses.
Os pais com bebés que completam agora dois ou quatro meses "têm duas opções: ou adiam a vacinação um mês, ou compram a vacina com a comparticipação nas farmácias", explicou ao PÚBLICO a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas. Depois, "os esquemas vacinais serão acertados", explica. O risco do adiamento de um mês é muito pequeno. "É quase como o risco de que nos caia um vaso na cabeça", ilustra Graça Freitas.
Este atraso fica a dever-se a questões que se prendem com a criação de condições no terreno para a concretização da medida. O despacho que torna gratuita a vacinação só vai ser publicado a 1 de Junho e “dá um mês aos serviços para operacionalizarem a medida”, explica Francisco George.”É preciso formar enfermeiros, dotar os centros de saúde de vacinas, arranjar redes de frio”, justifica.
É necessário fazer um concurso público para comprar as vacinas e isso só pode arrancar depois de o despaho governamental ser publicado, corrobora Graça Freitas. "Temos um mês para operacionalizar tudo, o que é pouquíssimo", diz, notando que um processo deste tipo demora habitualmente "três ou quatro meses".
A Prevenar 13 passa a ser igualmente gratuita para alguns grupos de risco que serão imunizados mediante indicação médica. Trata-se de um grupo de pessoas com algumas doenças crónicas e patologias consideradas de alto risco, mas isso ainda terá de ser definido por portaria. Os exemplos dados pelo Ministério da Saúde quando a medida foi anunciada incluiam “os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão”.
A vacina será também comparticipada ao abrigo do último escalão (15 %) para todas as pessoas que a comprem com receita médica nas farmácias não a partir de 1 de Julho, como referia um primeiro comunicado da Direcção-Geral da saúde, mas sim já a partir de 1 de Junho. Houve “um erro”, explica Francisco George.
A inclusão da Prevenar no PNV é aprovada mais de uma década depois de estar a ser integralmente suportada pelas famílias (a vacina começou a ser vendida em 2001 e as três doses custam actualmente cerca de 180 euros).