Daniel Barenboim reinventa o design do piano

O conhecido director de orquestra apresentou um piano com um design de interior diferente que produz um som mais transparente.

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Em Londres, Daniel Barenboim tocou durante alguns minutos no novo piano DR

O novo instrumento, criado graças à colaboração entre Barenboim e o fabricante belga Chris Maene, que o desenhou, com o apoio de Steinway & Sons, foi concebido com cordas rectas e paralelas, em vez de serem em diagonal, como os pianos tradicionais. Dessa forma, garante, o novo piano acaba por se distinguir por produzir um som muito mais transparente.

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O novo instrumento, criado graças à colaboração entre Barenboim e o fabricante belga Chris Maene, que o desenhou, com o apoio de Steinway & Sons, foi concebido com cordas rectas e paralelas, em vez de serem em diagonal, como os pianos tradicionais. Dessa forma, garante, o novo piano acaba por se distinguir por produzir um som muito mais transparente.

“Este piano introduz uma nova alternativa de som e faz repensar a utilização do pedal. Também produz uma sonoridade mais transparente e cristalina que os outros”, assegurou o pianista em Londres, perante um pequeno grupo de jornalistas que o viu tocar durante alguns minutos.

O piano demorou 18 meses a ser concebido e talvez um dia possa vir a ser produzido em larga escala. A ideia surgiu-lhe em Setembro de 2011, durante uma visita a Itália, à cidade de Siena, na Toscânia. Foi aí que Barenboim teve oportunidade de interpretar música no piano do compositor húngaro Franz Liszt (1811-1886), que havia sido restaurado recentemente, o que o inspirou a fabricar um que combinasse “o som de antigamente com os progressos técnicos do presente”, afirmou.

“A qualidade e as características tonais dos instrumentos com cordas rectas são muito diferentes do tom homogéneo produzido pelos pianos modernos”, disse o director de 72 anos. O piano Barenboim-Maene – assim se chamará – será apresentado numa série de quatro concertos, entre 27 de Maio e 2 de Junho, onde o pianista interpretará Franz Schubert, tendo como cenário, precisamente, o Royal Festival Hall de Londres.