Dez escolhas para a nova temporada da Gulbenkian

De Ensemble Pygmalion até à meio-soprano Joyce DiDonato.

Fotogaleria

Ensemble Pygmalion
Raphaël Pichon (direcção), Katie Mitchell (encenação)
Trauernacht – Cantatas de J. S. Bach
19 de Novembro

Nos últimos anos, o maestro francês Raphaël Pichon e o seu agrupamento Ensemble Pygmalion têm realizado notáveis gravações da música sacra de J. S. Bach para a etiqueta Alpha. Por seu turno, a encenadora britânica Katie Mitchell tem recorrido à música do grande compositor alemão como uma das bases do seu trabalho, preocupando-se em compreender porque continua a ser tão arrebatadora nos dias de hoje. Depois de ter encenado a Paixão segundo São Mateus em 2007 no Festival de Glyndebourne, Mitchell propõe agora uma versão cénica de cinco Cantatas. Um outro olhar sobre a música de Bach numa parceria artística promissora, que teve a sua estreia no último Festival de Aix-en-Provence.

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Ensemble Pygmalion
Raphaël Pichon (direcção), Katie Mitchell (encenação)
Trauernacht – Cantatas de J. S. Bach
19 de Novembro

Nos últimos anos, o maestro francês Raphaël Pichon e o seu agrupamento Ensemble Pygmalion têm realizado notáveis gravações da música sacra de J. S. Bach para a etiqueta Alpha. Por seu turno, a encenadora britânica Katie Mitchell tem recorrido à música do grande compositor alemão como uma das bases do seu trabalho, preocupando-se em compreender porque continua a ser tão arrebatadora nos dias de hoje. Depois de ter encenado a Paixão segundo São Mateus em 2007 no Festival de Glyndebourne, Mitchell propõe agora uma versão cénica de cinco Cantatas. Um outro olhar sobre a música de Bach numa parceria artística promissora, que teve a sua estreia no último Festival de Aix-en-Provence.

 Graindelavoix
Björn Schmelzer (direcção)
Vésperas Cipriotas de Natal
13 de Dezembro

Com uma relação cada vez mais estreita com Lisboa, onde tem realizado várias residências artísticas e diversos concertos inesquecíveis, o agrupamento Graindelavoix propõe um programa fora do comum (“Vésperas Cipriotas de Natal”) que combina música polifónica de Jean Hanelle (compositor de origem francesa activo em Chipre no século XV) com cantos e recitações oriundos de várias tradições religiosas do Mediterrâneo (bizantina, maronita, sufi). Uma proposta que vai ao encontro da peculiar sonoridade vocal do grupo e da sua abordagem etnomusicológica da música antiga.

 Chiaroscuro Quartet
Quartetos de Mozart, Haydn e Beethoven
10 de Janeiro

Criado em 2005, o Quarteto Chiaroscuro tem alcançado um reconhecimento crescente no âmbito do repertório clássico com instrumentos de época numa perspectiva historicamente informada. Entre os seus jovens instrumentistas encontra-se a violinista russa Alina Ibragimova, que na temporada passada encantou o público da Gulbenkian com a sua empolgante interpretação das Sonatas e Partitas para violino solo de Bach. O ciclo de música de câmara inclui ainda outros agrupamentos de grande nível, como é caso dos Quartetos Jerusalem, Hagen e Artemis.

 Ana Quintans (soprano), Carlos Mena (contratenor), Daniel Zapico (tiorba e guitarra barroca), Marcos Magalhães (cravo e direcção)
Dialogo D'Amore – Solos e duetos
11 de Fevereiro

A beleza do timbre, a sensibilidade expressiva, o refinamento estilístico e a paixão pelo repertório dos século XVII e XVIII são qualidades distintivas da soprano portuguesa Ana Quintans e do contratenor espanhol Carlos Mena, dois cantores com sólidas carreiras internacionais. Razões mais do que suficientes para aguardar com expectativa este encontro, que conta com a direcção artística do cravista Marcos Magalhães e com um programa que inclui solos e duetos de temática amorosa de compositores como Händel, Lotti, D'Agincourt, Frescobaldi, Steffani, Alessandro e Domenico Scarlatti, Jaime de la Té y Sagau e Antonio Soler.

 
Matthias Goerne (barítono), Markus Hinterhaüser (piano)
William Kentridge (encenação e vídeo)
Winterreise de Schubert – Uma viagem visual imaginária
19 de Fevereiro

À intensa e lapidar interpretação da Viagem de Inverno de Schubert de Matthias Goerne — que já tivemos a oportunidade de ouvir ao vivo numa das temporadas anteriores — junta-se agora o contributo do multifacetado artista sul-africano William Kentridge na criação de um espectáculo multimedia inspirado pelo fortíssimo imaginário do ciclo de Schubert e dos poemas de Wilhelm Müller. Trata-se mais uma vez de uma produção do Festival d’Aix-en-Provence que o público português terá também oportunidade de apreciar.

 
Orquestra Gulbenkian
Waltraud Meier (meio-soprano)
Jukka-Pekka Saraste (maestro)
Obras de Wagner e Bruckner
3 e 4 de Março

Uma das mais aclamadas cantoras wagnerianas do nosso tempo, detentora de uma carreira impressionante tanto em palco como em disco, a meio-soprano alemã Waltraud Meier praticamente não precisa de apresentações. Na sua visita a Lisboa interpreta com a Orquestra Gulbenkian, dirigida por Jukka-Pekka Saraste, os Wesendönck Lieder, de Wagner, no âmbito de um programa que inclui também a Sinfonia n.º 3, de Bruckner.

 Benjamin Grosvenor (piano)
Obras de Mendelssohn, Chopin, Ravel e Liszt
17 de Março

Benjamin Grosvenor tinha apenas 11 anos quando foi eleito “Jovem Músico do Ano” pela BBC. Actualmente com 23 anos, continua a fazer sensação nos mais importantes festivais e salas de concerto do circuito internacional. O seu domínio técnico, a versatilidade em diferentes repertórios e a maturidade artística que demonstra espantam num músico tão jovem. Depois de ter actuado este ano na Casa da Música faz a sua estreia em Lisboa na temporada Gulbenkian, cujo programa inclui, como é habitual, a participação de um grande número de pianistas de vulto (Nelson Freire, Jean-Yves Thibaudet, Leif Ove Andsnes, Yefim Bronfman, Sokolov, Anderzewsky, Volodos, Volodin e Lugansky, entre outros).

 
Gustav Mahler Jugendorchester
David Afkham (maestro), Frank Peter Zimmermann (violino)
Obras de Dutilleux, Bartók, Ligeti e Beethoven
9 e 10 de Abril

Visita assídua na Gulbenkian, a Orquestra Juvenil Gustav Mahler tem sido responsável por concertos memoráveis que colocam em evidência  a elevadíssima proficiência técnica e artística da formação e a imensa paixão pela música que os seus jovens instrumentistas demonstram. Além das Sinfonias n.ºs 3 e 5, de Beethoven, os programas propostos incluem obras tão fascinantes como Métaboles, de Henri Dutilleux; Lontano, de Ligeti; e a Música para cordas, percussão e celesta, de Bartók. Será possível ouvir também os dois Concertos para Violino, de Bartók, com Frank Peter Zimmermann como solista.

 Coro e Orquestra Gulbenkian
Ton Koopman (maestro)
Obras de Mozart
28 e 29 de Abril

Depois de uma bem sucedida colaboração com a Orquestra e o Coro Gulbenkian em 2013 no domínio da música barroca, Ton Koopman regressa em Abril para dirigir um programa que inclui algumas das mais notáveis partituras sacras de Mozart, com destaque para as Vesperae solennes de confessore, K. 339, e para a Missa da Coroação, K. 317. O profundo conhecimento estilístico deste repertório e a personalidade carismática do maestro holandês contribuirão decerto para um excelente resultado.

 Joyce DiDonato meio-soprano
David Zobel piano
22 de Maio

Em 2013 Joyce DiDonato fez uma sensacional estreia na Gulbenkian com o projecto Drama Queens, dedicado às grandes heroínas da ópera barroca. Em relação à próxima temporada, sabemos apenas que vem acompanhada pelo pianista David Zobel, já que a brochura indica somente “programa a anunciar”. No entanto, tratando-se de uma artista desta envergadura, conhecida pela sua versatilidade e perspicácia na escolha dos repertórios, prevê-se que este seja um dos pontos altos da temporada. A programação contempla ainda outras figuras do canto de grande projecção internacional como o excelente barítono sueco Peter Mattei e a soprano francesa Patricia Pétibon.