PS de Matosinhos lança repto a Costa: ou o partido ou Guilherme Pinto

Três dias depois da visita do líder do PS ao concelho, o partido reage e diz que não vai permitir que as visitas sejam organizadas à revelia do PS.

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António Costa Enric Vives-Rubio

Mas o mal-estar no PS começou ainda antes mesmo da visita de Costa ao concelho, que ocorreu na passada sexta-feira e que ficou marcada pela ausência dos membros da estrutura concelhia. Na quinta-feira, o presidente da concelhia, Ernesto Páscoa, escreveu uma carta ao líder socialista, informando-o que não estaria presente na visita “por razões de respeito para com a história do partido”. Mas não só. “Fui informado pelo presidente da câmara da sua visita e do respectivo programa. Tive oportunidade de lhe explicar que não poderia, por razões de respeito para com a história do partido e de mim próprio, receber informações sobre a actividade do PS, que ele combate regularmente e, consequentemente, é adversário do PS de Matosinhos”, escreve Ernesto Páscoa na carta, a que o PÚBLICO teve acesso.

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Mas o mal-estar no PS começou ainda antes mesmo da visita de Costa ao concelho, que ocorreu na passada sexta-feira e que ficou marcada pela ausência dos membros da estrutura concelhia. Na quinta-feira, o presidente da concelhia, Ernesto Páscoa, escreveu uma carta ao líder socialista, informando-o que não estaria presente na visita “por razões de respeito para com a história do partido”. Mas não só. “Fui informado pelo presidente da câmara da sua visita e do respectivo programa. Tive oportunidade de lhe explicar que não poderia, por razões de respeito para com a história do partido e de mim próprio, receber informações sobre a actividade do PS, que ele combate regularmente e, consequentemente, é adversário do PS de Matosinhos”, escreve Ernesto Páscoa na carta, a que o PÚBLICO teve acesso.

Profundamente agastado com a forma como a visita foi preparada, o dirigente fala de uma “inexplicável e caricata situação” a que mais uma vez foi sujeito e afirma que “o PS de Matosinhos continua vivo e empenhado na luta por uma vitória clara do partido nas legislativas”. E adverte que “todas as iniciativas do PS e, particularmente do secretário-geral, em Matosinhos, serão sempre bem-vindas, desde que sejam organizadas pela estrutura local, pela federação distrital do Porto ou pela direcção nacional, sempre em articulação com a concelhia, e nunca por uma estrutura política, independente e efémera, instalada na câmara, que foi e é adversário do PS de Matosinhos  e que sistematicamente ofende os seus eleitos e vai ferindo os seus ideais”.

Carlos Alberto Ferreira refere que esta é a terceira vez em que a “concelhia é surpreendida com o envolvimento de Guilherme Pinto em iniciativas do partido” e diz que estas situações acontecem “não por amor ao PS, mas sim por questões de revanchismo e de pequena vingança pessoal”.

Jorge Gomes, da direcção nacional do PS, reconheceu que a visita foi organizada pelo autarca local, e que deu conhecimento dessa visita ao líder da distrital do PS, José Luís Carneiro. Adiantou ainda que está a ser preparada uma outra iniciativa em Matosinhos, que será articulada com a concelhia.