FC Porto foi a Lisboa oferecer o título ao Benfica
Os “dragões” estiveram a ganhar no Restelo com um golo de Jackson, mas depois limitaram-se a deixar o tempo passar e a cinco minutos do fim deixaram-se empatar e perderam o campeonato.
Aos 62 e 68 minutos Julen Lopetegui retirou do campo Brahimi e Quaresma, respectivamente, colocando em campo um médio (Evandro) e um extremo (Hernâni). Cinco minutos depois do extremo português sair, Jorge Simão abdicou de um médio defensivo (Tiago Dias) e colocou em campo um ponta de lança (Tiago Caeiro). Os jogos (e títulos) decidem-se quase sempre por pormenores e a falta de ambição que o FC Porto demonstrou no Estádio do Restelo revelou-se decisiva para que o Benfica saísse de Guimarães em festa sem ter feito um golo.
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Aos 62 e 68 minutos Julen Lopetegui retirou do campo Brahimi e Quaresma, respectivamente, colocando em campo um médio (Evandro) e um extremo (Hernâni). Cinco minutos depois do extremo português sair, Jorge Simão abdicou de um médio defensivo (Tiago Dias) e colocou em campo um ponta de lança (Tiago Caeiro). Os jogos (e títulos) decidem-se quase sempre por pormenores e a falta de ambição que o FC Porto demonstrou no Estádio do Restelo revelou-se decisiva para que o Benfica saísse de Guimarães em festa sem ter feito um golo.
Num jogo decisivo para o FC Porto, que sabia que se não vencesse entregaria o bicampeonato à concorrência, os “dragões” realizaram uma exibição que se revelou uma fotocópia da prestação dos portistas na Choupana, poucos minutos depois de o Benfica se ter espalhado ao comprido em Vila do Conde.
Com apenas uma alteração no “onze” em relação aos últimos jogos (Rúben Neves fez de Casemiro no meio campo), os “azuis e brancos” entraram em campo amorfos, sem agressividade e aparentemente pouco preocupados em conseguir o fundamental golo. E a passividade da equipa de Lopetegui foi explorada pelo Belenenses, que necessitava de pontuar para se manter na luta pelo comboio europeu. Sem que o FC Porto ameaçasse sequer criar perigo, a equipa do Restelo foi ganhando confiança e, aos 11’, Abel Camará quase inaugurou o marcador. Uma dezena de minutos depois, um disparate de Quaresma (mau atraso de cabeça) isolou o luso-guineense, que surpreendido pela oferta se deixou antecipar por Helton e perdeu nova oportunidade.
Com uma posse de bola inconsequente, o FC Porto apenas aos 27’ criou perigo por Herrera, mas três minutos depois Sturgeon apareceu isolado, fintou Helton, mas perdeu o enquadramento com a baliza e rematou ao lado. E quando não se marca e do outro lado há Jackson, sofre-se: bóia de salvação de Lopetegui em tantos jogos, aos 44’ o colombiano desviou de cabeça um centro de Alex Sandro e, com alguma sorte (desvio em Gonçalo Brandão) fez o primeiro golo.
Com o nulo em Guimarães e a vantagem do FC Porto no início da segunda parte, desenhava-se mais uma semana de expectativa na luta pelo campeonato, mas os “dragões” brincaram com o fogo e saíram queimados. Mesmo com um Belenenses menos perigoso, Lopetegui foi tirando os seus trunfos ofensivos, e os “azuis” de Lisboa aproveitaram a deixa, arriscaram e deram o golpe final no campeonato: a cinco minutos do fim, Tiago Caeiro desviou um centro na pequena área e bateu Helton.
Por demérito próprio, o FC Porto dava início, em Lisboa, aos festejos do 34.º título do Benfica.