António Costa só festeja saída da troika quando o Governo sair
O secretário-geral do PS aponta o dedo ao Governo num encontro em que os socialistas discutiram o SNS.
Costa diz estar consciente que “as necessidades são ilimitadas e os recursos finitos”, mas garante que não assume nenhum compromisso que não possa honrar. “Se há algo que os portugueses não suportam é que voltemos a eleger alguém que promete e não cumpre”, afirmou, lembrando que Passos Coelho “prometeu baixar impostos e não cortar nas pensões”. “Eu não farei o que o actual primeiro-ministro fez na campanha eleitoral”, afirmou o líder socialista, referindo que o programa eleitoral do PS está “na fase final de elaboração” e será apresentado a 6 de Junho.
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Costa diz estar consciente que “as necessidades são ilimitadas e os recursos finitos”, mas garante que não assume nenhum compromisso que não possa honrar. “Se há algo que os portugueses não suportam é que voltemos a eleger alguém que promete e não cumpre”, afirmou, lembrando que Passos Coelho “prometeu baixar impostos e não cortar nas pensões”. “Eu não farei o que o actual primeiro-ministro fez na campanha eleitoral”, afirmou o líder socialista, referindo que o programa eleitoral do PS está “na fase final de elaboração” e será apresentado a 6 de Junho.
António Costa reforçou ainda a importância da existência de políticas a longo prazo, nomeadamente no sector da saúde e remeteu a estratégia socialista para a Agenda para a Década. O candidato a primeiro-ministro sublinhou que “os grandes ganhos obtidos pelo SNS só foram possíveis porque os vários governos sentiram que era importante investir nele”.
A sessão de encerramento da conferência “Defender o SNS, promover a saúde”, contou também com António Arnaut, que recordou que “o Sistema Nacional de Saúde não tem cor partidária”, mas tem sofrido ataques por parte do actual executivo. “Há uma certa direita que defende o SNS – não esta direita neo-liberal, no Governo, liderada por um neo-liberal assanhado”, acusou o fundador do sistema.
Taxas moderadoras em causa
O histórico socialista considera que o sistema é uma “trave mestra do estado social” e considera-o um “factor de coesão e liberdade”, o que tem vindo a ser posto em causa. A “obsessão com economia e finanças” na área da saúde foi também criticada por António Costa, que entende que “não haver camas nos hospitais não é poupar dinheiro, é desrespeitar os utentes” e que “aumentar as taxas moderadoras não é poupar dinheiro, é fazer os utentes pagar duas vezes o mesmo serviço”.
Costa falou também na necessidade de “investir no desenvolvimento das unidades de saúde familiar” assim como nas unidades de cuidados continuados. Quanto às taxas moderadoras, o socialista disse apenas que é “urgente uma alternativa que reponha as taxas moderadoras na sua função reguladora da procura”, sem especificar se isso implicaria uma descida.
O fundador do SNS manifestou preocupação com a descida do número de camas disponíveis nos hospitais públicos por oposição à subida dessa cifra nos hospitais privados nos últimos anos. Arnaut avisou ainda que “um Governo PS não pode fazer reformas no SNS para expandir o número de camas do sector privado”.