PSD e CDS assinam amanhã acordo de coligação
Passos Coelho e Paulo Portas vão estar juntos pela primeira vez desde as revelações da biografia do primeiro-ministro.
O acordo político dá corpo ao compromisso assinado pelos dois líderes partidários no passado dia 25 de Abril e que foi dias depois ratificado pelos órgãos nacionais do PSD e do CDS.
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O acordo político dá corpo ao compromisso assinado pelos dois líderes partidários no passado dia 25 de Abril e que foi dias depois ratificado pelos órgãos nacionais do PSD e do CDS.
Nesse compromisso, Passos Coelho e Paulo Portas anunciaram que os dois partidos vão concorrer às legislativas em listas conjuntas, à excepção das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, que terão listas separadas.
O compromisso entre os dois líderes e que depois foi aprovado pelos órgãos nacionais prevê ainda a consulta para o apoio a um candidato presidencial único, mas preferencialmente após as legislativas.
O acordo de coligação será agora assinado pelos dois líderes num “mega jantar” - como é anunciado nos convites - com perto de 1400 militantes do PSD e do CDS.
É a primeira vez que Passos Coelho e Paulo Portas estarão juntos em público depois da assinatura do compromisso de Abril e depois da revelação pública de episódios da crise governamental do Verão de 2013. Numa biografia, o primeiro-ministro afirmou ter recebido a demissão de Paulo Portas de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros por mensagem de telemóvel.
Mais tarde, Paulo Portas veio dizer que informou o chefe de Governo da sua intenção de sair através da carta de demissão. Esta sexta-feira, Passos Coelho reafirma o que disse, em entrevista ao jornal Sol: o que o livro narra citando declarações suas “corresponde à verdade”. Uma afirmação que irritou Paulo Portas e que deixa os centristas muito desconcertados.