Líder da Escócia reclama poderes fiscais e na segurança social

Nicola Surgeon diz que o partido nacionalista SNP é agora a principal força da oposição, por ter ganho 50 novos deputados.

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Sturgeon diz que os poderes que reclama são as alavancas que a Escócia precisa Reuters

Surgeon disse já ter falado “brevemente” com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, depois das eleições de quinta-feira, mas acrescentou que são necessárias mais discussões. “O meu ponto de partida é que a voz da Escócia deve ser ouvida”, disse.

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Surgeon disse já ter falado “brevemente” com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, depois das eleições de quinta-feira, mas acrescentou que são necessárias mais discussões. “O meu ponto de partida é que a voz da Escócia deve ser ouvida”, disse.

“O que vamos discutir é a prioridade à devolução de poderes sobre os impostos das empresas, o emprego, o salário mínimo, a segurança social, porque essas são as alavancas de que precisamos para fazer crescer a nossa economia, levar as pessoas a encontrarem emprego, a pagarem impostos e saírem da pobreza”, declarou, em entrevista ao programa de Andrew Marr na BBC.

A dirigente escocesa referiu-se ao seu Partido Nacional Escocês (SNP) como sendo agora o principal oposição no Parlamento de Westminster. Ainda que o Partido Trabalhista tenha 232 deputados, Sturgeon diz que a força política que lidera ganhou 50 lugares e ocupa agora 56 dos 59 assentos reservados à Escócia no Parlamento de Londres.

O SNP passou a ser o terceiro principal partido do Reino Unido, apesar de apenas concorrer na Escócia.

A líder escocesa disse que Cameron, que conseguiu uma maioria absoluta de 331 deputados, não parece querer ir além da transferência de poderes delineada pela Comissão Smith, criada após a rejeição da independência escocesa, no referendo do ano passado.