Airbus tem mais de mil peças criadas por impressoras 3D

Este é o maior número de partes criadas por impressoras 3D a ser usado na construção de um avião comercial.

Fotogaleria

O A350 é o primeiro modelo da fabricante francesa de aviões comerciais Airbus a ter uma fuselagem e parte das asas fabricadas a partir de um polímero leve feito com fibra de carbono reforçada. O modelo Airbus A350 XWB foi lançado em Dezembro último, tendo o primeiro exemplar sido entregue à companhia aérea Qatar Airways. Em Março, a Airbus confirmou que foram usadas peças impressas em 3D na construção do seu novo modelo mas não adiantou mais pormenores.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O A350 é o primeiro modelo da fabricante francesa de aviões comerciais Airbus a ter uma fuselagem e parte das asas fabricadas a partir de um polímero leve feito com fibra de carbono reforçada. O modelo Airbus A350 XWB foi lançado em Dezembro último, tendo o primeiro exemplar sido entregue à companhia aérea Qatar Airways. Em Março, a Airbus confirmou que foram usadas peças impressas em 3D na construção do seu novo modelo mas não adiantou mais pormenores.

As impressoras 3D imprimem através de camadas sucessivas de materiais como o alumínio, titânio, aço inoxidável ou plástico, para criar uma determinada peça. As impressões para o Airbus foram criadas com tecnologia da Stratasys, uma das principais empresas no mundo em impressão 3D, a operar em Israel e nos Estados Unidos. Esta quarta-feira, a Stratasys avançou que no A350 XWB foram usadas mais de mil peças impressas em 3D, o maior número usado numa aeronave até aqui.

A empresa adiantou ainda que as impressoras usaram ULTEM 9085, uma resina termoplástica com aplicações nas áreas aeroespacial, automóvel e militar e que além da resistência e leveza tem uma propriedade retardante de chamas, para serem criadas as peças. Com esta tecnologia, a Stratasys afirmou que se consegue reduzir o tempo de produção dos aviões e os custos de construção.

“Estamos perto de uma mudança radical na redução do peso e na eficiência, produzindo peças com um peso 30 a 55% mais leves, enquanto reduzimos as matérias-primas utilizadas em 90%”, tinha já antecipado em Março Peter Sander, director de tecnologias e conceitos emergentes na Airbus.