Julgamento de membros do partido Aurora Dourada novamente adiado
Mais de sessenta elementos com ligações ao partido neo-nazi grego, incluindo os seus líderes, são acusados de participação em organização criminosa, tentativa de assassínio e violência racista.
A investigação começou em 2013, após o assassinato do rapper anti-fascista Pavlos Fyssas por um apoiante do Aurora Dourada e resultou na detenção de Michaloliakos, líder e fundador do partido, do antigo porta-voz Ilias Kasidiaris, e de cinco outros deputados. A “participação em organização criminosa” é a principal acusação contra as mais de sessenta pessoas envolvidas no processo, mas alguns elementos são também suspeitos de tentativa de assassínio, posse de armas e violência racista.
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A investigação começou em 2013, após o assassinato do rapper anti-fascista Pavlos Fyssas por um apoiante do Aurora Dourada e resultou na detenção de Michaloliakos, líder e fundador do partido, do antigo porta-voz Ilias Kasidiaris, e de cinco outros deputados. A “participação em organização criminosa” é a principal acusação contra as mais de sessenta pessoas envolvidas no processo, mas alguns elementos são também suspeitos de tentativa de assassínio, posse de armas e violência racista.
O julgamento estava previsto realizar-se em Korydallos, em Atenas, a maior prisão da Grécia e o local onde estão detidos a maioria dos elementos do Aurora Dourada. Lá fora centenas de pessoas protestaram contra o partido neo-nazi e contra o racismo, tendo a polícia fechado as escolas e os acessos rodoviários da zona. A falta de segurança no bairro e arredores da prisão, terão levado as autoridades locais a pedir a transferência do julgamento para outro local.
A justiça grega pretende dar início ao julgamento durante este mês, uma vez que está a terminar o prazo máximo de prisão domiciliária de Michaloiakos e de outros membros do partido. O caso é visto como o mais mediático evento judicial a ocorrer na Grécia na última década, e o seu desenvolvimento e desfecho poderão ter efeitos decisivos na imagem interna e externa de um país que vive uma das mais graves crises económicas da sua história.
Tal como no primeiro dia do julgamento, Nikos Michaloliakos e os outros 12 deputados do partido que são acusados neste processo, escolheram não se apresentar perante os juízes, fazendo-se representar pelos seus advogados.