O negócio da Apple é cada vez mais na China
Mercado chinês ultrapassou Europa como a segunda região onde a empresa mais factura.
A grande China representou 29% das receitas globais da Apple, retirando peso tanto ao mercado europeu, como ao dos EUA. O volume de negócios naquela região subiu 71% no trimestre passado, por comparação com 2014, atingindo 16,8 mil milhões de dólares. Recuando dois anos, as receitas com as operações na China eram um pouco menos de metade e representavam 19% do negócio total.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A grande China representou 29% das receitas globais da Apple, retirando peso tanto ao mercado europeu, como ao dos EUA. O volume de negócios naquela região subiu 71% no trimestre passado, por comparação com 2014, atingindo 16,8 mil milhões de dólares. Recuando dois anos, as receitas com as operações na China eram um pouco menos de metade e representavam 19% do negócio total.
Em termos globais, as receitas da Apple totalizaram cerca de 58 mil milhões de dólares no trimestre passado, o que significa uma subida de 27% em relação ao mesmo período de 2015. Os EUA continuam a ser a região com mais facturação para a multinacional, com uma fatia de 37% do negócio, ao passo que a Europa caiu para terceiro lugar, representando 21%.
O aumento do volume de negócios da grande China foi impulsionado pelas vendas do iPhone. A Apple não especificou quantos aparelhos vendeu naquela região, mas revelou que, pela primeira vez, a procura por parte dos consumidores chineses superou a procura no mercado americano.
O aumento do peso do mercado chinês acontece quando os mercados ocidentais estão maduros e o crescimento na venda de smartphones acontece sobretudo nos segmentos de gamas mais baixas, onde a Apple não compete. O período natalício do ano passado já tinha mostrado que os dois novos modelos do iPhone, que seguem a concorrência na opção por ecrãs de tamanho maior, estavam a ter muita procura por parte dos consumidores chineses.
O iPhone é, de longe, o aparelho da Apple que mais vende, tendo alcançado no trimestre uma facturação global de 40 mil milhões de dólares (uma subida anual de 55%), correspondente a 61,2 milhões de unidades vendidas.
Os resultados apresentados pela Apple nesta quinta-feira mostram ainda que o iPad continua em queda, reflexo do menor apetite dos consumidores por tablets, numa altura em que os computadores são cada vez mais leves e finos e em que os telemóveis chegam às lojas com ecrãs progressivamente maiores, estreitando o espaço para um terceiro dispositivo. Foram vendidos em todo o mundo 12,6 milhões de iPads, o que significou uma receita de 5400 milhões, menos 29% do que no mesmo período de 2014.
A venda de computadores Mac cresceu 2%, ao passo que as receitas dos serviços, de que fazem parte as lojas de música e aplicações, cresceram 10%. A empresa não revelou informação sobre o Watch, o relógio inteligente que recentemente pôs no mercado e para o qual decidiu não fazer vendas em lojas, mas apenas através da Internet.