Exército nigeriano liberta 200 raparigas, mas não são as de Chibok
Foram destruídos três campos dos extremistas na ofensiva contra o último bastião do Boko Haram, mas as raparigas de Chibok ainda não foram encontradas.
Com o apoio dos exércitos dos vizinhos Chade e Camarões, as forças aliadas contra o Boko Haram têm conseguido vitórias importantes contra os islamistas. Desde Fevereiro que o Boko Haram, que dominava vastas áreas do Nordeste da Nigéria, tem vindo a perder território frente à coligação de países africanos que se uniu para o combater.
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Com o apoio dos exércitos dos vizinhos Chade e Camarões, as forças aliadas contra o Boko Haram têm conseguido vitórias importantes contra os islamistas. Desde Fevereiro que o Boko Haram, que dominava vastas áreas do Nordeste da Nigéria, tem vindo a perder território frente à coligação de países africanos que se uniu para o combater.
O grupo perdeu todas as bases em áreas urbanas e foi recuando para a floresta de Sambisa. Há informações que surgem do terreno que dizem que o Boko Haram está a ficar sem armas e munições.
“Os soldados tomaram e destruíram esta tarde três campos de terroristas na floresta de Sambisa”, disse na terça-feira um porta-voz do exército, Chris Olukolade, num comunicado citado pelas agências noticiosas.
A 14 de Abril de 2014, os islamistas raptaram 276 estudantes do liceu de Chibok. De entre elas, 57 conseguiram fugir nas horas seguintes mas desconhece-se o paradeiro das outras 219. Em diferentes países realizaram-se acções reclamando a sua libertação.
Diplomatas e serviços de informações ouvidos pela Reuters disseram acreditar que pelo menos algumas das raparigas salvas esta terça-feira pertençam ao grupo de Chibok. Aliás, desde que se deu o rapto das estudantes que se tem olhado para a floresta de Sambisa como o local onde será mais provável encontrá-las. Em todo o caso, foram realizados vários voos de vigilância sobre a floresta e não foi possível confirmar a sua presença em Sambisa.
Depois do rapto das estudantes de Chibok, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, anunciou num vídeo que pretendia casá-las com combatentes e vendê-las como escravas.