22% dos trabalhadores em part-time na UE gostavam de trabalhar mais
Em Portugal, 45,8% das pessoas a tempo parcial tinham disponibilidade para fazer mais horas.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, aqueles dez milhões de trabalhadores (que são considerados sub-empregados) correspondem a 22,2% das pessoas que trabalham em part-time e representam 4,5% de toda a população empregada.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, aqueles dez milhões de trabalhadores (que são considerados sub-empregados) correspondem a 22,2% das pessoas que trabalham em part-time e representam 4,5% de toda a população empregada.
“Em 2014, a proporção de trabalhadores sub-empregados a tempo parcial variou significativamente nos Estados-membros”, refere o Eurostat. A Grécia, a braços com uma crise financeira e um resgate internacional desde 2010, está no topo da lista, com 72,1% dos trabalhadores em part-time a dizerem estar disponíveis para trabalhar mais tempo. Surgem depois Chipre (65,9%) e Espanha, um país com níveis de desemprego historicamente altos, com 57,3%.
Em Portugal, a percentagem de sub-empregados é mais do dobro da média da UE: 45,8% dos trabalhadores a tempo parcial estavam nesta situação. Este é um valor que corresponde a 245 mil pessoas e representa 5,5% do total da população empregada. Da população sub-empregada, 61% eram mulheres – número que fica ligeiramente abaixo do observado no conjunto da União. Estes dados já tinham sido divulgados.
Foi, de longe, na Holanda que uma menor percentagem dos trabalhadores em part-time se mostrou disponível para trabalhar mais horas. Apenas 4% destas pessoas disseram estar nesta situação. Seguem-se nesta lista o Luxemburgo (10,5%), a Estónia (11,2%) e a República Checa (11,4%).