UNESCO teme que património do Nepal esteja perdido
Sismo destruíu completamente monumentos classificados.
O abalo de magnitude 7,8 na escala de Richter deitou abaixo a histórica torre de Dharhara, uma das principais atracções turísticas na praça Durbar, em Katmandu. Dos nove andares desta torre branca com uma escadaria em espiral de 200 degraus, com um minarete de bronze datado do século XIX só restam escombros.
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O abalo de magnitude 7,8 na escala de Richter deitou abaixo a histórica torre de Dharhara, uma das principais atracções turísticas na praça Durbar, em Katmandu. Dos nove andares desta torre branca com uma escadaria em espiral de 200 degraus, com um minarete de bronze datado do século XIX só restam escombros.
A UNESCO está a tentar obter informações para avaliar com precisão a extensão da destruição nos sítios classificados como Património Mundial nas cidades de Patan e Bhaktapur e em Kamandu. “Pensamos que estes sítios históricos sofreram danos gravíssimos, disse à AFP Christian Manhart, representante da UNESCO no Nepal.
“Muitos templos ruíram. Em Patan, dois ficaram completamente destruídos e na praça Durbar de Katmandu, a situação é ainda pior. Durbar era a zona monumental do antigo palácio real, com vários tempos construídos pela dinastia Malla. “Constituíam o coração social, religioso e urbanístico desta cidade” de história muito rica, onde se misturam as culturas e religiões hindu, budista e tântrica, explica a UNESCO no seu site.
“Por ora, estamos a recolher informações e a avaliar a situação”, acrescentou Manhart, que procura também saber se Lumbini, o sítio onde terá nascido Buda, há mais de 2600 anos, e fica a 280 quilómetros de Katmandu, foi também atingido pelo sismo.
“Dada a dimensão dos estragos, nunca seria possível fazer um restauro destes sítios históricos”, diz o especialista P.D Balaji, director do Departamento de História e Arqueologia da Universidade de Madras (Índia). E não se pode esperar que os monumentos sejam simplesmente reconstruídos. “É uma perda irremediável para o Nepal e para o resto do mundo.”