União Europeia autoriza cravos lilases transgénicos
Várias variedades de milho, soja, colza e algodão receberam também luz verde da Comissão
Estas autorizações surgem dois dias depois de a Comissão liderada por Jean-Claude Juncker ter proposto uma reforma que, se for aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho de Ministros da União Europeia, permitirá aos 29 Estados-membros proibirem determinados organismos geneticamente modificados (OGM) no seu território, mesmo que tenham sido aprovados após avaliação pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês).
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Estas autorizações surgem dois dias depois de a Comissão liderada por Jean-Claude Juncker ter proposto uma reforma que, se for aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho de Ministros da União Europeia, permitirá aos 29 Estados-membros proibirem determinados organismos geneticamente modificados (OGM) no seu território, mesmo que tenham sido aprovados após avaliação pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês).
Os países que exerçam esse direito, no entanto, terão de justificar a sua decisão sem usarem como argumento questões ambientais ou relativas à saúde que já tenham sido avaliadas ao nível europeu.
Há 42 outros produtos transgénicos (com genes de outros organismos) à espera de aprovação da Comissão Europeia, mas aqueles que agora foram autorizados estavam só à espera de uma decisão final, depois de terem recebido luz verde da EFSA. São autorizações de importação e comercialização, e não de cultivo. Há variedades de algodão, de milho e de soja, e também de colza – uma planta de cujas sementes se extrai o óleo de colza, ou canola, como foi baptizado o óleo produzido através de uma variedade transgénica canadiana.
A autorização agora concedida é imediata e válida por dez anos.
As autorizações de importação e comercialização destes organismos estavam suspensas porque os Estados-membros não tinham chegado a um entendimento para constituir uma maioria a favor ou contra a sua comercialização.
Apenas uma variedade transgénica está autorizada para cultivo neste momento na Europa, e precisamente em Portugal e Espanha: o milho MON810 produzido pela multinacional Monsanto.
Nos produtos humanos há muito pouco que seja autorizado de OGM, mas o mesmo não se passa na alimentação animal. Segundo a Reuters, 60% das necessidades da UE em proteínas vegetais para alimentar o gado são satisfeitas por soja importada de países onde está muito espalhado o cultivo de soja transgénica.