Avião solar prepara-se para atravessar o Pacífico
Solar Impulse 2 fará nova etapa de 8172 quilómetros, quase sempre sobre o mar.
O Solar Impulse 2, uma aeronave experimental equipada com 17 mil painéis fotovoltaicos e capaz de voar de dia e de noite, está neste momento em Nanjing, na China, depois de ter completado a sexta de 12 etapas da volta ao mundo. Já foram percorridos 7000 dos 35.000 quilómetros da inédita aventura.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Solar Impulse 2, uma aeronave experimental equipada com 17 mil painéis fotovoltaicos e capaz de voar de dia e de noite, está neste momento em Nanjing, na China, depois de ter completado a sexta de 12 etapas da volta ao mundo. Já foram percorridos 7000 dos 35.000 quilómetros da inédita aventura.
A próxima etapa é a mais longa e implica voar de Nanjing até ao Havai, no meio do Pacífico. São 8172 quilómetros, quase sempre sobre o mar. A viagem representa um enorme desafio para quem estiver aos comandos. O piloto passará cinco dias no minúsculo cockpit, com uma área semelhante à de uma cama de casal.
Na sua viagem em torno do globo, o Solar Impulse tem sido pilotado ora por Bertrand Piccard, o primeiro a dar a volta ao mundo num balão, ora por André Borchsberg, um piloto profissional. Ambos são os líderes do projecto nascido na Suíça e que não tem precedentes na história da aviação.
A missão do Solar Impulse começou no dia 9 de Março, quando o avião partiu para um primeiro percurso até Muscat, em Omã. Em mês e meio, realizou seis trajectos. Na terça-feira, chegou a Nanjing, depois de 17 horas de voo e 1344 quilómetros desde Chongqing, na China.
A aeronave está agora a passar por uma revisão completa, que deverá ainda durar uma semana. A partida para o Havai só ocorrerá quando houver uma janela favorável na meteorologia. Com as asas tão compridas como as de um Boeing 747 mas com o peso equivalente ao de um automóvel grande, o Solar Impulse requer condições do tempo específicas para poder voar em segurança. Em Chongqing, foi preciso esperar três semanas até que o avião pudesse levantar voo para Nanjing.