Mudança no algoritmo de pesquisa do Google pode afectar milhões de sites

Motor de busca vai privilegiar nos seus rankings sites que tenham versões para smartphones e tablets.

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Albert Gea/Reuters

Em Novembro passado, o Google alertava para a necessidade de os sites se adaptarem aos dispositivos móveis e de terem em atenção quatro critérios para garantirem que, quando pesquisados, fossem de fácil navegação em smartphones e tablets. Assim, uma página seria considerada mobile friendly se não obrigasse ao uso de software pouco usual em aparelhos móveis; fosse de fácil leitura sem serem necessárias alterações de zoom; adaptasse o tamanho dos seus conteúdos aos ecrãs dos dispositivos para evitar alterações constantes no scroll da página; e que colocasse links em zonas que não levassem os utilizadores a clicarem acidentalmente em acessos a páginas indesejadas.

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Em Novembro passado, o Google alertava para a necessidade de os sites se adaptarem aos dispositivos móveis e de terem em atenção quatro critérios para garantirem que, quando pesquisados, fossem de fácil navegação em smartphones e tablets. Assim, uma página seria considerada mobile friendly se não obrigasse ao uso de software pouco usual em aparelhos móveis; fosse de fácil leitura sem serem necessárias alterações de zoom; adaptasse o tamanho dos seus conteúdos aos ecrãs dos dispositivos para evitar alterações constantes no scroll da página; e que colocasse links em zonas que não levassem os utilizadores a clicarem acidentalmente em acessos a páginas indesejadas.

Três meses depois, em Fevereiro, o anúncio oficial. A partir de 21 de Abril, o Google vai passar a utilizar o mobile friendly como critério obrigatório quando apresenta um ranking de sites após uma pesquisa. “Esta alteração irá afectar buscas em aparelhos móveis em todas as línguas do mundo e terá um impacto significativo nos nossos resultados de pesquisa. Consequentemente, os utilizadores terão mais facilidade em obter resultados relevantes, de alta qualidade de pesquisa, que são optimizados para os seus aparelhos”, declarou a empresa.

O “impacto significativo” de que o Google fala pode ser gigantesco, já que, actualmente, 60% do tráfego online é feito em aparelhos móveis. Apesar dos cerca de dois meses dados para os sites se adaptarem a smartphones e tablets, há quem fale na hipótese de se avizinhar um mobilegeddon, que irá colocar em risco milhões de páginas, como considerou ao Business Insider Itai Sadan, presidente executivo da Duda, empresa que se dedica à construção de sites.

Para Sadan, os pequenos negócios vão ser os mais afectados com a mudança no Google. “Penso que as pessoas que estão em risco são os que não o sabem”, observou, sublinhando que a partir desta terça-feira, e só nessa altura, muitos dos sites associados a pequenos negócios vão perceber que haverá uma quebra significativa na procura dos seus conteúdos. “Isto vai afectar milhões de sites na Internet”, concluiu.

Estes sites vão acabar por aparecer muito provavelmente só na segunda página ou nas seguintes na resposta a uma pesquisa no Google, o que significa que, por ordem de relevância, ficarão nos últimos lugares.

Para as páginas que querem saber se são mobile friendly, o Google criou uma página de teste que analisa um URL e indica se a página tem um design compatível com dispositivos móveis.