Miguel Januário e o maior painel de azulejos comunitário

O projecto Locomotiva tem lançado vários desafios aos portuenses e a todos os visitantes. O “Quem és, Porto?” promete reforçar a ligação entre a cultura e a comunidade

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A criação do “maior painel comunitário” é um dos objetivos principais do conceito do “Quem és, Porto?”, uma série de workshops em que as pessoas são convidadas a pintar e a desenhar em quatro azulejos, no máximo, a resposta que pretendem dar a esta interrogação.

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A criação do “maior painel comunitário” é um dos objetivos principais do conceito do “Quem és, Porto?”, uma série de workshops em que as pessoas são convidadas a pintar e a desenhar em quatro azulejos, no máximo, a resposta que pretendem dar a esta interrogação.

Até Maio, os portuenses correspondem ao desafio de construir um painel de azulejos com as suas próprias mãos e habilidades, mas sempre com ajuda de alguns instrutores, voluntários e do artista responsável pelo projecto, Miguel Januário, aka ±MAISMENOS±.

Para equiparar o trabalho desenvolvido com artistas experientes, poder-se-ia afirmar que se trata de “open call” à população, sendo que o resultado não será estanque: Pelo contrário “é uma pergunta que pode ser muito abrangente, assim como as respostas”, explica Miguel Januário.

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A estimativa de três mil azulejos e a diversidade temática dos mesmos vão requerer uma organização criteriosa da montagem, de forma a atingir uma conformidade visual: “Vamos tentar encontrar coerência cromática e espacial do que é o painel em termos de composição”, esclarece.

O sucesso tem sido parte assente da iniciativa, que já teve as duas primeiras sessões esgotadas e as seguintes têm tido igualmente casa cheia. “A ideia de humanizar a cidade” e colocar nas mãos das pessoas o processo criativo permite dar a Invicta, o que para Miguel Januário é a “alma humana”: “o quem” a favor do “o quê”.

Tudo aponta para que no final de junho, nasça um novo painel colaborativo num edifício da Rua da Madeira. Um trabalho que pretende “permanecer no tempo” feito pelos habitantes da cidade e por todos que a estimam, com a garantia de que lhes pertence.