Mota-Engil consegue novos contratos no valor de 713 milhões e entra no Ruanda
Obras contratadas com a brasileira Vale ascendem a 333 milhões de euros.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo português adianta que 68% dos novos contratados foram assinados com clientes privados, onde se destaca a brasileira Vale.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo português adianta que 68% dos novos contratados foram assinados com clientes privados, onde se destaca a brasileira Vale.
Os contratos com a companhia mineira, no valor total de 333 milhões de euros, referem-se a obras em Moçambique (233 milhões de euros), relacionados com a exploração mineira, e no Brasil (117 milhões de euros), na duplicação da ferrovia Ferro de Carajás, numa extensão de 40 quilómetros no Estado do Maranhão.
Em termos agregados, África representa o maior valor, cerca de 565 milhões de euros, maioritariamente em Angola, Moçambique e Malawi”, mas também noutros países onde o grupo tem uma presença menor, como a África do Sul, São Tomé e Príncipe e o Ruanda.
No Ruanda, que segundo o comunicado constitui “um novo mercado de actuação para o grupo, no seguimento da sua estratégia de expansão e diversificação no mercado africano”, o contrato envolve a expansão do Aeroporto Internacional de Kigali, no montante de 26 milhões de euros.
Em Angola, economia que está a sofrer uma crise na sequência da queda do preço do petróleo, a empresa ganhou obras rodoviárias e de construção civil no montante global de 115 milhões de euros.
No Malawi, o contrato envolve infra-estrutura rodoviária e ferroviária no montante global de 109 milhões. Em São Tomé e Príncipe, o contrato refere-se a um empreendimento turístico e estruturas de abastecimento de água no montante global (13 milhões de euros) e na África do Sul são obras de construção civil, incluindo a construção de um hospital e apartamentos, no montante global de 69 milhões de euros.
Em Portugal, a empresa também ganhou contratos, relativos principalmente a uma infra-estrutura rodoviária e de construção civil, no montante de cerca de 30 milhões de euros.
Em 2014, o volume de negócios do grupo Mota-Engil cresceu 2,4%, atingindo 2368 milhões de euros, dos quais 1772 milhões de euros, ou 74,8%, foram realizados fora de Portugal.
Nas três principais geografias onde actua, Europa, África e América Latina, a vertente africana é a que tem maior peso nos negócios do grupo, ao totalizar 1062 milhões de euros (45%), e foi onde se verificou um crescimento de 5,2%. Mas foi a América latina a que apresentou maior dinamismo, com um crescimento de 26,1%, para um total de 537 milhões. Na Europa, o aumento ficou-se por 2,2% para 931 milhões de euros.