Politécnico de Leiria e PGR juntam-se para combater criminalidade informática
Protocolo entre instituições prevê criação de um laboratório na Escola Superior de Tecnologia e Gestão.
Filipe Mota Pinto, também docente do IPL, revelou que o protocolo assinado entre as duas instituições no passado dia 6 é "mais um passo na colaboração entre a PGR, a PJ e o Politécnico". "Vai ser criado um laboratório na ESTG, com acesso restrito a um número reduzido de pessoas", que irão colaborar com a PGR na investigação dos piratas informáticos e do material apreendido no âmbito de investigações criminais. Mota Pinto acrescentou que, sempre que for necessário, os computadores apreendidos pela PGR serão enviados para o laboratório de Leiria, onde será feita a análise pelos peritos.
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Filipe Mota Pinto, também docente do IPL, revelou que o protocolo assinado entre as duas instituições no passado dia 6 é "mais um passo na colaboração entre a PGR, a PJ e o Politécnico". "Vai ser criado um laboratório na ESTG, com acesso restrito a um número reduzido de pessoas", que irão colaborar com a PGR na investigação dos piratas informáticos e do material apreendido no âmbito de investigações criminais. Mota Pinto acrescentou que, sempre que for necessário, os computadores apreendidos pela PGR serão enviados para o laboratório de Leiria, onde será feita a análise pelos peritos.
"O IPL foi reconhecido pela PGR como um órgão com pessoas competentes para apoiar e suportar as actividades do procurador para o cibercrime na parte forense", acrescentou o responsável.
Segundo o docente, foi constituído um grupo de peritos, com professores do IPL, que irá apoiar a PGR na ESTG. "Os peritos irão participar numa formação orientada pela PGR, para que a recolha de provas seja enquadrada com as questões legais". O objetivo do grupo do IPL é fazer "perícias técnicas de acesso e configuração dos computadores", especificou Mota Pinto.
Em resposta à agência Lusa, fonte da PGR refere que "este protocolo vem no seguimento de outros, como os já assinados com o Instituto Politécnico de Beja, com a Universidade do Porto e com a Universidade de Aveiro". "O protocolo tem como objectivo, além da cooperação geral entre as duas instituições, permitir ao Ministério Público a colaboração de peritos na área informática. Os futuros peritos vão receber formação do Gabinete de Cibercrime, por forma a melhor responderem às especificidades do trabalho daquele gabinete", acrescenta a PGR.
O IPL iniciou a pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, em parceria com a Escola da Polícia Judiciária, este ano lectivo. O curso, que funciona com sessões repartidas na Escola da Polícia Judiciária, em Loures, e na ESTG, em Leiria, é dirigido a forças de segurança e investigação nacionais para o combate ao crime baseado em tecnologias de informação e comunicação, e é ministrado por um grupo de docentes especializados.
Filipe Mota Pinto afirmou que "este é o resultado de um paradigma prático, em que há uma adequação do conhecimento baseado na ciência e que será concretizado no domínio prático". "Os formandos vão compreender melhor as formas de prevenção, de deteção, bem como toda a componente forense, com espaço para estudo de alguns casos reais", informou o docente da ESTG.
No próximo ano lectivo está prevista a abertura de uma edição da pós-graduação ao público em geral e empresas, "com alguns conteúdos adaptados", de forma a "minimizar o risco de exposição e a aumentar a capacidade defensiva e de análise de incidentes indesejados, bem como prevenir os ataques informáticos e perceber a sua origem", revelou ainda Mota Pinto, lamentando a falta de sensibilidade de muitos empresários para a segurança informática.
"A protecção custa dinheiro e há empresas que não querem gastar, mas esquecem-se que todos os seus dados de negócio estão informatizados. Hoje em dia, há uma dependência direta das tecnologias. Todos os que têm empresas deviam ter gestão de informática para saberem que tipo de segurança digital devem fazer", alertou.