Numa galáxia distante
A forma como o cinema se assumiu enquanto parte fundamental do “processo revolucionário” português.
Portugal vai sendo sempre “outro país”, e também já não é o país que era em 1999, altura em que o Portugal de 1974/75 já fazia figura de galáxia distante. Sérgio Tréfaut foi ao encontro de alguns de entre os muitos realizadores estrangeiros que na época vieram a Portugal filmar a Revolução “ao vivo”, e Outro País é em primeiro lugar um filme sobre o olhar e a memória deles, incluindo vários nomes essenciais numa “cinematografia do 25 de Abril”, entretanto desaparecidos, como Robert Kramer, que morreu pouco depois da conclusão de Outro País, ou Thomas Harlan, o realizador de Torre Bela.
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Portugal vai sendo sempre “outro país”, e também já não é o país que era em 1999, altura em que o Portugal de 1974/75 já fazia figura de galáxia distante. Sérgio Tréfaut foi ao encontro de alguns de entre os muitos realizadores estrangeiros que na época vieram a Portugal filmar a Revolução “ao vivo”, e Outro País é em primeiro lugar um filme sobre o olhar e a memória deles, incluindo vários nomes essenciais numa “cinematografia do 25 de Abril”, entretanto desaparecidos, como Robert Kramer, que morreu pouco depois da conclusão de Outro País, ou Thomas Harlan, o realizador de Torre Bela.
Mas também é, através deste olhar mediado, uma forma de tocar o espírito desses anos, e evocar a forma como o cinema se assumiu enquanto parte integrante, ou mesmo fundamental, do “processo revolucionário”. É um documento precioso.