Novo Presidente da Nigéria assume incapacidade para encontrar raparigas raptadas
As 216 adolescentes raptadas há um ano pelo Boko Haram continuam desaparecidas.
“Não sabemos se as raparigas de Chibok podem ser socorridas. O seu paradeiro continua desconhecido. Gostaria muito de o poder fazer, mas não posso prometer encontrá-las”, declarou, num comunicado.
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“Não sabemos se as raparigas de Chibok podem ser socorridas. O seu paradeiro continua desconhecido. Gostaria muito de o poder fazer, mas não posso prometer encontrá-las”, declarou, num comunicado.
Para esta terça-feira, estão previstas vigílias, orações e concentrações.
O rapto de 276 adolescentes na cidade do nordeste da Nigéria – dezenas conseguiram depois fugir, mas 216 continuam desaparecidas – causou emoção, um pouco por todo o mundo.
Desde que, em Maio de 2014, o grupo divulgou um vídeo que mostrava cerca de uma centena delas, recitando passagens do Corão que não há informações sobre elas. O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, declarou ter convertido as sequestradas que não eram muçulmanas e que todas foram “casadas à força”.
O Exército nigeriano chegou a informar que sabia onde estavam as raparigas mas que uma operação de resgate seria muito arriscada.
Embora tivesse sido muito mediatizado, o caso das raparigas de Chibok está longe de ser invulgar. A Amnistia Internacional recordou que pelo menos 2000 mulheres e raparigas foram raptadas na Nigéria desde o início do ano passado.
As Nações Unidas e várias organizações de defesa dos Direitos Humanos têm igualmente denunciado o ataque deliberado a crianças pelos islamistas, cuja insurreição e repressão causaram nos últimos seis anos pelo menos 15 mil mortos.
Em Abuja, capital da Nigéria, está prevista uma concentração promovida pelo movimento #Bringbackourgirls, tal como tem acontecido diariamente no último ano. Para Lagos está prevista uma vigília à luz de velas, noticiou também a AFP.
Segundo os responsáveis da campanha, em Nova Iorque, o Empire State Building deverá ser envolvido em vermelho e violeta, em solidariedade e para simbolizar a luta contra a violência contra as mulheres.