Juiz decide esta sexta-feira medidas de coacção para pai que terá matado bebé
Homem, que disse à PSP ter sido ele o autor do homicídio do filho de seis meses, esteve a ser interrogado esta quinta-feira e continua sexta-feira a ser ouvido por um juiz. Família não estava sinalizada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
Ao que o PÚBLICO apurou, o suspeito que logo quando foi detido admitiu aos agentes da PSP que teria sido ele o autor do homicídio, terá prestado esclarecimentos ao juiz. O arguido vai passar a noite nos calaboiços da esquadra da PSP de Queijas, em Oeiras.
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Ao que o PÚBLICO apurou, o suspeito que logo quando foi detido admitiu aos agentes da PSP que teria sido ele o autor do homicídio, terá prestado esclarecimentos ao juiz. O arguido vai passar a noite nos calaboiços da esquadra da PSP de Queijas, em Oeiras.
O crime ocorreu depois de o homem discutir com a companheira ao telefone na quarta-feira. Esta ter-lhe-á exigido que este saísse de casa, avisando-o que não queria mais viver com ele. Nessa altura, o pai avisou que iria matar a criança. Foi então a mãe que ligou para a esquadra local da PSP e deu conta da ameaça. A polícia enviou de imediato agentes para o local, mas já não foi a tempo de impedir o homicídio.
Quando os bombeiros chegaram, alertados pela PSP, o “bebé estava com uma faca de cozinha espetada lateralmente no peito, deitado na cama”, adiantou o comandante dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, Carlos Jaime.
O homem foi detido próximo de casa por agentes da PSP. Foi, aliás, o suspeito que chamou a atenção da polícia, esbracejando no ar com vestígios de sangue nas mãos, na direcção dos agentes.
Este casal não estava sinalizado pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens local, já que não existiam quaisquer indícios recentes que o justificassem, adiantou fonte policial. O casal reatara a relação há cerca de um ano depois de, face a diversos episódios de violência doméstica, a mulher ter fugido de Coimbra, onde viviam. Já em Lisboa voltaram a juntar-se, tendo o bebé, um menino, nascido enquanto viviam juntos. As queixas por violência doméstica reportam à altura em que viviam em Coimbra e esses episódios não se terão repetido.
Também segundo fonte policial, o suspeito submeteu-se há poucos meses a um tratamento de desintoxicação para resolver problemas relacionados com o consumo de álcool e de drogas, mas estaria agora desempregado e com sinais de depressão. Era ele quem cuidava do filho todos os dias, enquanto a mãe, empregada de limpezas, ia trabalhar.