FMI antevê período prolongado de crescimento mais baixo no Mundo

Crise financeira pode ter conduzido a redução permanente do crescimento potencial, avisa o Fundo.

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O FMI está mais pessimista em relação à evolução da economia mundial Foto: Tim Sloan/ AFP Photo (arquivo)

No relatório de Primavera que começou a publicar de forma parcial esta terça-feira, o Fundo avisa que a crise financeira internacional se arrisca a ter um impacto negativo permanente na actividade económica global e que, a par de outros fenómenos como o envelhecimento e a baixa de produtividade, fará com que o crescimento potencial da economia mundial seja nos próximos anos bastante mais baixo do que era no passado.

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No relatório de Primavera que começou a publicar de forma parcial esta terça-feira, o Fundo avisa que a crise financeira internacional se arrisca a ter um impacto negativo permanente na actividade económica global e que, a par de outros fenómenos como o envelhecimento e a baixa de produtividade, fará com que o crescimento potencial da economia mundial seja nos próximos anos bastante mais baixo do que era no passado.

O problema faz-se sentir tanto nas economias avançados como nas economias emergentes. De acordo com os cálculos do FMI, o crescimento potencial nas economias avançadas (onde Portugal está incluído) será de 1,6% ao ano entre 2015 e 2020. Este valor representa uma ligeira melhoria face ao registado entre 2008 e 2014, anos de crise económica na Europa e nos EUA. Mas será consideravelmente mais baixo dos que os 2,25% ao ano de crescimento potencial que se verificava antes da crise financeira internacional.

Nas economias emergentes, que até conseguiram resistir melhor nos anos imediatamente a seguir à crise financeira, o cenário é igualmente preocupante. Entre 2008 e 2014, o crescimento potencial estava em 6,5%, mas para os cinco anos seguintes baixa para 5,2%.

Para contrariar esta tendência, o Fundo volta a fazer um apelo a uma alteração de políticas económicas. Nas economias avançadas pede mais investimento em infra-estruturas, para melhorar no curto prazo as condições da procura e incentivar mais investimento do sector privado que faça subir o potencial de crescimento. Nas economias emergentes são especialmente recomendadas reformas estruturais e mais investimento em educação.