Sauditas pedem aviões e navios ao Paquistão, mas Islamabad recua no Iémen
País aderiu à coligação contra os huthis, mas diz agora que prefere uma solução "política" para o conflito no Iémen.
O pedido foi confirmado pelo ministro paquistanês da Defesa, Khawaja Asif, que num debate nesta segunda-feira no Parlamento disse que, para já, o Governo de Islamabad prefere participar privilegiando uma “solução política” e “pacífica” para o conflito no Iémen.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O pedido foi confirmado pelo ministro paquistanês da Defesa, Khawaja Asif, que num debate nesta segunda-feira no Parlamento disse que, para já, o Governo de Islamabad prefere participar privilegiando uma “solução política” e “pacífica” para o conflito no Iémen.
A coligação foi formada pela Arábia Saudita para combater os avanços dos huthis (xiitas), que pretendem tomar o poder e já expulsaram o Presidente sunita, Abed Mansour Hadi, que está refugiado em Riad.
O Paquistão aderiu à coligação, mas a pedido do primeiro-ministro, Nawaz Sharif, os deputados paquistaneses reuniram-se numa sessão especial nesta segunda-feira para repensarem a posição paquistanesa.
O Paquistão é aliado da Arábia Saudita, mas não quer hostilizar o vizinho Irão (de maioria xiita), que se opõe à intervenção militar. Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, chega a Islamabad para discutir a crise no Iémen.
Asif disse que a posição oficial do Paquistão (onde 20% da população é xiita; é o país onde vivem mais xiitas a seguir ao Irão) é, agora, a de privilegiar o diálogo, colocando-se ao lado da Turquia, que anunciou ter o mesmo objectivo — dos países muçulmanos, a Turquia e o Paquistão são os que têm os maiores exércitos.