Cardeal Patriarca lembra cristãos perseguidos
Missa de domingo de Páscoa, na Sé Patriarcal de Lisboa.
Durante a celebração da missa de domingo de Páscoa, na Sé Patriarcal de Lisboa, Manuel Clemente lembrou que, durante a Semana Santa, os cristãos celebraram “todos os mesmos evangelhos e os mesmos ritos essenciais, embora possam ser diferentes nas expressões”.
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Durante a celebração da missa de domingo de Páscoa, na Sé Patriarcal de Lisboa, Manuel Clemente lembrou que, durante a Semana Santa, os cristãos celebraram “todos os mesmos evangelhos e os mesmos ritos essenciais, embora possam ser diferentes nas expressões”.
Estas cerimónias, segundo o Patriarca de Lisboa, sublinharam a mensagem de Cristo “de que o mal se vence com o bem e que quantas maiores são as dificuldades maior deve ser a entrega”.
A palavra foi partilhada pelos “cristãos em todo o mundo, quer em sítios tão bonitos e pacíficos como esta catedral, quer noutros que não estão agora tão bonitos nem tão pacíficos porque, como nós sabemos, os cristãos em muitos lados do mundo sofrem grandes perseguições”, disse à agência Lusa no final da cerimónia religiosa.
Na homília, Manuel Clemente recordou a mensagem do papa Francisco que tem apelado à misericórdia e à importância de as pessoas estarem mais próximas de quem precisa, dos mais pobres.
Na Sé Patriarcal de Lisboa foram contados episódios relacionados com a ressurreição e a mensagem de Cristo, que “morreu a pedir perdão por aqueles que o tinham posto na cruz, deu a vida por eles e por todos e depois, quando foram à procura dele num dia como o dia de hoje, já não estava lá, porque estava em todo o mundo, ressuscitado”, disse à Lusa.
“Esta é a mensagem pascal que todos nós celebramos. E que a cada Semana Santa, relembrando e retomando as palavras e os antigos relatos que nos contam esta mesma realidade, nos faz viver também de outra maneira e com vontade de não cruzar os braços perante tantas dificuldades e são também outros tantos sepulcros, onde às vezes a esperança se esvai”, disse Manuel Clemente, recordando “as pessoas que nem conseguem nascer, as que vivem e dificilmente arranjam trabalho, as que estão sozinhas e são tantas”.
Sobre a situação actual do país e a necessidade de ajudar os mais pobres, Manuel Clemente defendeu que “é sempre mais, porque há sempre muito caminho não andado que espera por alguém".