Elogios a "um economista notável"

Líderes políticos e economistas reagem a morte de José da Silva Lopes.

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José da Silva Lopes, 1932 - 2015 Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República considera José da Silva Lopes um "economista de exceção" e uma "referência cimeira do pensamento económico português". "Revelando um extraordinário sentido de dedicação à causa pública, José da Silva Lopes cedo foi chamado ao exercício de exigentes funções, tendo um papel determinante no aprofundamento da ligação de Portugal às instituições de cooperação económica internacional e, mais tarde, na nossa adesão às Comunidades Europeias", escreveu Cavaco Silva numa mensagem de condolências enviada à família do economista. "Com a morte de José da Silva Lopes, Portugal perde uma das suas vozes mais autorizadas, respeitadas e credíveis em matéria económica, que sempre se distinguiu pela independência e pelo rigor", acrescentou o chefe de Estado.

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O Presidente da República considera José da Silva Lopes um "economista de exceção" e uma "referência cimeira do pensamento económico português". "Revelando um extraordinário sentido de dedicação à causa pública, José da Silva Lopes cedo foi chamado ao exercício de exigentes funções, tendo um papel determinante no aprofundamento da ligação de Portugal às instituições de cooperação económica internacional e, mais tarde, na nossa adesão às Comunidades Europeias", escreveu Cavaco Silva numa mensagem de condolências enviada à família do economista. "Com a morte de José da Silva Lopes, Portugal perde uma das suas vozes mais autorizadas, respeitadas e credíveis em matéria económica, que sempre se distinguiu pela independência e pelo rigor", acrescentou o chefe de Estado.

Pedro Passos Coelho, numa nota publicada pelo seu gabinete, assinala que "o Dr. Silva Lopes pautou sempre a sua intervenção pela isenção e correcção nas inúmeras actividades profissionais e cívicas a que esteve ligado ao longo de muitos anos", descrevendo o economista como "um homem com enorme prestígio na economia e finanças".  O primeiro ministro disse ainda que Silva Lopes dedicou a vida a Portugal, "servindo com dignidade e integridade nos mais destacados cargos" da Administração Pública, da banca e da política.

O secretário-geral socialista, António Costa e o PS, num comunicado enviado à agência Lusa, destacaram o facto de Silva Lopes ter servido o país "de forma dedicada e relevante, quer como membro de vários governos provisórios e do III Governo Constitucional, quer como governador do Banco de Portugal, mostrando-se sempre um defensor do crescimento e desenvolvimento económico e social de Portugal, valores a que sempre se mostrou fiel em toda a sua brilhante carreira como economista".

O Banco de Portugal, instituição liderada por Silva Lopes entre 1975 e 1980, fala de " um dos mais eminentes e reconhecidos economistas portugueses do século XX, tendo sido um atento investigador da economia nacional".

O bastonário da Ordem dos Economistas descreveu José Silva Lopes como "um economista de grande brilho e uma pessoa que efectivamente marcou muito e, sobretudo, neste período longo desde o 25 de Abril até aos nossos dias". Rui Leão Martinho disse que o antigo ministro das Finanças era um homem sério, vertical, verdadeiro e um "profundo conhecedor, estudioso". "Esteve sempre presente nos momentos mais importantes que Portugal atravessou", afirmou.

O presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), instituição em que o economista se licenciou em 1955, lembra Silva Lopes como "um economista notável, o primeiro português doutorado 'honoris causa' pelo ISEG". Mário Caldeira, em declarações à agência Lusa, assinala que "no ISEG todos sentimos a sua falta".

O economista norte-americano e prémio Nobel da Economia Paul Krugman lembrou num post publicado no seu blogue no New York Times a altura em que conheceu Silva Lopes, em 1976, quando integrou um grupo de estudantes do MIT que passou o Verão a trabalhar no Banco de Portugal. Nesse ano, era Silva Lopes que estava à frente da instituição. Para Paul Krugman, Silva Lopes "desempenhou um papel crucial na condução do seu país para a comunidade da Europa democrática".