Rui Moreira aguarda por resposta da ANA sobre taxa turística

Autarca não se quis alargar em comentários sobre acordo entre a Câmara de Lisboa e a ANA, dizendo que vai aguardar pela marcação da reunião pedido à empresa

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Porto não pode cobrar taxas aos turistas que chegam ao aeroporto que serve a cidade Nelson Garrido/Arquivo

Rui Moreira falava aos jornalistas à margem de uma acção autárquica, mas não quis ir muito além do teor da carta enviada  ao presidente do conselho de administração da ANA, Jorge Ponce de Leão. Disse apenas “acreditar” que haverá abertura da empresa para atender ao pedido portuense. “Se há uma iniciativa privada de apoiar turismo, nós também estamos naturalmente, naturalmente”.

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Rui Moreira falava aos jornalistas à margem de uma acção autárquica, mas não quis ir muito além do teor da carta enviada  ao presidente do conselho de administração da ANA, Jorge Ponce de Leão. Disse apenas “acreditar” que haverá abertura da empresa para atender ao pedido portuense. “Se há uma iniciativa privada de apoiar turismo, nós também estamos naturalmente, naturalmente”.

O autarca portuense disse que o acordo entre a ANA e a Câmara de Lisboa, que estabelece que será a empresa a pagar o valor global (estimado com base no número previsto de passageiros entre Abril e Dezembro deste ano) da taxa turística criada pelo município, num valor avaliado entre os 3,6 e 4,4 milhões de euros, “é uma boa notícia, não são más notícias”. Agora, defendeu: “Cabe às outras cidades fazerem o seu trabalho de casa e é isso que vamos fazer, tranquilamente, falando com a ANA, com quem temos boas relações”.

Depois do anúncio do acordo entre a empresa e o município de Lisboa, várias cidades manifestaram o interesse em receber um apoio similar, incluindo Faro e a Maia, que têm aeroportos instalados nos seus terrenos. Sobre isto, Rui Moreira deixou claro que a cidade que governa “nunca poderia criar uma taxa turística, porque o Aeroporto Francisco Sá Carneiro não é no Porto”. De facto, o aeroporto está instalado em terrenos dos municípios da Maia, Matosinhos e Vila do Conde.

O autarca afastou também a hipótese de o apoio a Lisboa poder ser visto como discriminação positiva daquela cidade. “Não acho que haja discriminação. Se calhar [a ANA] começou por Lisboa, que é a maior cidade portuguesa e a capital”, disse. O Porto, acrescentou, irá ficar “à espera de uma reunião com a ANA, que com certeza será agendada”.