Missão espacial chinesa leva tecnologia portuguesa a bordo
Parceria foi firmada há um ano e vai ser posta em prática no final do Verão.
Há cerca de um ano, o Centro de Engenharia de Microsatélites de Xangai e a Tekever assinaram um acordo de colaboração a longo prazo, em Lisboa, para que a missão espacial chinesa incorporasse a tecnologia Gamalink, criada pela empresa portuguesa.
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Há cerca de um ano, o Centro de Engenharia de Microsatélites de Xangai e a Tekever assinaram um acordo de colaboração a longo prazo, em Lisboa, para que a missão espacial chinesa incorporasse a tecnologia Gamalink, criada pela empresa portuguesa.
Com esta tecnologia consegue-se ter numa única plataforma física (o hardware) vários tipos de ligações via rádio, sendo que cada uma usa o seu próprio software. Antes, cada ligação rádio tinha o seu próprio hardware, por isso esta nova tecnologia torna o sistema mais simples.
Ricardo Mendes, administrador da Tekever, explica em comunicado que a tecnologia Gamalink vai permitir que os três satélites chineses “funcionem em conjunto, como uma constelação de satélites e não um conjunto de três satélites desconexos”. “É a nossa tecnologia que faz com que os três satélites comuniquem e interajam, como numa dança espacial”, acrescenta o responsável.
Esta é a primeira parceria de uma empresa nacional com uma entidade chinesa espacial. No caso da Tekever, a empresa já estabeleceu cooperações a nível europeu com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para produzir tecnologia para o satélite Proba-3, que vai estudar a coroa solar e será um motor de testes para a próxima geração de satélites.