Ex-primeiro-ministro israelita Ehud Olmert declarado culpado de corrupção
O ex-governante já tinha sido julgado por abuso de confiança e no âmbito de um escândalo imobiliário.
A leitura da sentença foi marcada para 5 de Maio, mas os advogados de Olmert, citados pela Associated Press, anunciaram que vão recorrer.
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A leitura da sentença foi marcada para 5 de Maio, mas os advogados de Olmert, citados pela Associated Press, anunciaram que vão recorrer.
Em Maio do ano passado, o ex-primeiro-ministro fora condenado a seis anos de prisão por corrupção no âmbito de um escândalo imobiliário quando era presidente da câmara de Jerusalém (1993-2003). Também recorreu desta decisão, estando o processo em curso no Supremo Tribunal de Justiça.
Ehud Olmert tinha sido já condenado, em Setembro de 2012, a uma pena de prisão suspensa por abuso de confiança.
A sua queda começou em 2009, quando renunciou ao cargo de primeiro-ministro por estar cada vez mais fragilizado devido às acusações de corrupção.
Olmert negou sempre as acusações de corrupção. Porém, a acusação conseguiu o testemunho da sua antiga colaboradora Shula Zaken que apresentou no tribunal gravações de conversas comprometedoras e diários onde registou todas as actividades ilegais de Olmert. Numa das gravações, Olmert diz a Zaken para não testemunhar de forma a não o incriminar. Zaken recebeu dinheiro de Olmert para se manter em silêncio.
Figura de destaque da direita nacionalista, Olmert pertenceu ao Likud mas foi assumindo posições políticas mais moderadas e desvinculou-se, passando em 2005 a representar o Kadima (partido que ajudou a fundar). Antes de se demitir, e depois de ter anunciado que aceitava a criação de um Estado palestiniano, disse estar próximo de chegar a um acordo histórico com os palestinianos. Não pôde concretizar o seu plano e, pouco depois, o Likud venceu as eleições e Benjamin Netanyahu chegou à chefia do Governo. O processo de paz entre Israel e os palestinianos retrocedeu.
Desde que deixou o cargo, Olmert disse ter feito aos palestinianos uma proposta histórica, mas as autoridades palestinianas responderam-lhe que apesar de terem sido feitos progressos, Olmert estava demasiado optimista quanto aos resultados.