“Dia sem IVA” é o desconto mais eficaz para a electrónica
Na semana após uma promoção, as vendas baixam, mas para níveis acima da semana anterior.
Segundo a empresa, os “dias sem IVA” – em que os retalhistas fazem um desconto directo de valor igual ao daquela taxa – levam a um crescimento de 7% em termos de vendas de unidades, uma subida superior à que é conseguida com as promoções que são apresentadas como descontos de 20% ou mais.
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Segundo a empresa, os “dias sem IVA” – em que os retalhistas fazem um desconto directo de valor igual ao daquela taxa – levam a um crescimento de 7% em termos de vendas de unidades, uma subida superior à que é conseguida com as promoções que são apresentadas como descontos de 20% ou mais.
A GfK notou também um efeito das promoções que se estende para lá do tempo que estas duram. Na semana seguinte a uma promoção, as vendas baixam, mas para níveis acima dos registados nas semanas anteriores. Na amostra analisada pela empresa, uma semana com promoções significa, em média, um crescimento de 16% na facturação do produto promovido.
No caso destes produtos de tecnologia, cujos preços tendem a baixar com o tempo e à medida que novos modelos chegam ao mercado, os descontos acabam por se inserir na tendência generalizada de embaratecimento. “Existe uma quebra de preço quando é anunciada uma promoção de um produto que, a prazo, tende a afirmar a evolução natural”, explicou, numa conferência, Carlos Figueiredo, director na GfK.
O ano passado, de resto, foi um ano de promoções no sector: apenas 12 semanas não tiveram promoções fortes. Em média, há três promoções por semana, 47% das quais são curtas, durando três dias ou menos.
A empresa estima ainda que, em Fevereiro deste ano, 29% dos consumidores em Portugal tinham um smartphone, 22% tinham um tablet e 50% tinham um computador portátil.
Na altura de comprar equipamentos electrónicos (o que inclui electrodomésticos), o principal factor é o preço mais baixo (indicado por 71% dos inquiridos), seguido da marca (35%) e do nível de consumo energético (29%). A publicidade vem praticamente no fundo da tabela (2% dos inquiridos), apenas acima da existência de serviços de entrega ou devolução gratuitos, indicado por 1% das pessoas.