Passos não comenta relatório sobre lista VIP, Marques Guedes desvaloriza

Primeiro-ministro está no Japão e reafirma que a Autoridade Tributária "merece uma grande confiança".

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Passos nao quis adiantar mais do que já dissera no Parlamento RUI GAUDENCIO

“Eu, no Parlamento, respondi com os elementos que tinha. Esse caso tem vindo a ser objecto um acompanhamento em Lisboa, eu não me quero referir a ele a partir de Tóquio, quero apenas reafirmar que a administração tributária portuguesa nos merece uma grande confiança”, afirmou Passos Coelho.

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“Eu, no Parlamento, respondi com os elementos que tinha. Esse caso tem vindo a ser objecto um acompanhamento em Lisboa, eu não me quero referir a ele a partir de Tóquio, quero apenas reafirmar que a administração tributária portuguesa nos merece uma grande confiança”, afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro foi questionado acerca das garantias que deu na Assembleia da República, em que recusou a existência dessa lista VIP, segundo as informações de que dispunha e do relatório da direcção de auditoria do fisco avançado pela revista Visão nesta quinta-feira.

À saída da Universidade de Quioto, no início da sua visita de três dias ao Japão, Pedro Passos Coelho sublinhou apenas o “grande profissionalismo” da Autoridade Tributária.

“Não podemos confundir aspectos particulares que possam não ter corrido tão bem com aquilo que é um todo, a árvore, que representa a Autoridade Tributaria e Aduaneira”, declarou aos jornalistas.

Sobre o relatório citado na Visão, ou sobre a confiança no secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, Passos Coelho recusou fazer quaisquer comentários.

No final da reunião habitual do Conselho de Ministros desta quinta-feira, Luís Marques Guedes, ministro da Presidência,  desvalorizou a divulgação do relatório de autoria interna sobre a lista de contribuintes VIP. “Na notícia que li hoje não diz que há lista. O que há são declarações do presidente do sindicato [Trabalhadores dos Impostos] a dizer que os mecanismos de alerta estavam a ser testado e incidiam sobre quatro pessoas”, disse.

Marques Guedes acrescentou ainda que este é o mesmo relatório que já tinha sido mencionado pelo director-geral e pelo sub-director geral da Autoridade Tributária. “Não me pareceu que houvesse rigorosamente nada de novo na notícia”, afirmou, acrescentando que estão a decorrer inquéritos internos, nomeadamente da Comissão Nacional de Protecção de Dados.