Recessão de 2012 foi pior do que se pensava
INE reviu em baixa os dados e diz que o PIB afinal, recuou 4% nesse ano, ou seja, mais 0,7 pontos percentuais.
O INE actualizou esta quinta-feira os dados referentes a esse ano, e diz que o PIB caiu 4% em termos reais (e 4,4% em termos nominais), ou seja, mais 0,7 pontos percentuais do que se estimava até aqui. Os dados do INE, que vão até 1996, nunca tinham registado um valor tão baixo, e é preciso recuar até 1975 para encontrar um ano pior do que 2012. No ano do “Verão quente”, segundo dados do Banco de Portugal, a recessão chegou aos 5,1%.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O INE actualizou esta quinta-feira os dados referentes a esse ano, e diz que o PIB caiu 4% em termos reais (e 4,4% em termos nominais), ou seja, mais 0,7 pontos percentuais do que se estimava até aqui. Os dados do INE, que vão até 1996, nunca tinham registado um valor tão baixo, e é preciso recuar até 1975 para encontrar um ano pior do que 2012. No ano do “Verão quente”, segundo dados do Banco de Portugal, a recessão chegou aos 5,1%.
Segundo o INE, a revisão agora divulgada (após acesso a mais dados, e com maior detalhe) “tem origem, essencialmente, na componente investimento”.
Após a intervenção da troika de credores em Junho de 2011, 2012 foi o primeiro ano completo da aplicação de medidas de austeridade sob a égide do então ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Nesse ano, a criação de emprego recuou 4,1%, a concessão de crédito e o consumo caíram a pique e o desemprego anual disparou para 15,7%, afectando 860 mil pessoas.