A receita repete-se em Samba, que retoma o actor Omar Sy na pele de um imigrante senegalês em situação irregular, e o põe agora em relação com uma mulher (Gainsbourg) de boa situação profissional mas deprimida e desgastada.
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A receita repete-se em Samba, que retoma o actor Omar Sy na pele de um imigrante senegalês em situação irregular, e o põe agora em relação com uma mulher (Gainsbourg) de boa situação profissional mas deprimida e desgastada.
Como o outro filme, Samba cumpre uma função social que é pena que cada vez mais tenha que ser cumprida nesta Europa de 2015: aproximar a classe média branca nativa da figura do imigrante, “humanizá-la”. Se a bondade desta intenção não se discute, a Samba falta tudo o resto: verdadeiras personagens em vez de estereótipos, vontade de mostrar a complexidade das coisas em vez de as simplificar, em suma, cinema digno desse nome.