"Temos de perceber o que se passou, devemos isso às famílias"
Líderes de França, Alemanha e Espanha foram até perto do local do acidente aéreo, em demonstração de luto nacional.
Hollande recebeu a chanceler alemã e o presidente do Governo espanhol em Seyne-les-Alpes, a localidade mais próxima do local do desastre, a 3000 metros de altura, que estará completamente fechado e inacessível a quem não fizer parte das equipas de emergência durante as próximas duas semanas. Os líderes europeus falaram com os médicos, bombeiros e militares que estão a trabalhar no resgate, depois de terem sobrevoado, de helicóptero, o local onde o avião se despenhou. A seguir, visitaram uma capela onde está em permanência uma homenagem solene às 150 vítimas do acidente.
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Hollande recebeu a chanceler alemã e o presidente do Governo espanhol em Seyne-les-Alpes, a localidade mais próxima do local do desastre, a 3000 metros de altura, que estará completamente fechado e inacessível a quem não fizer parte das equipas de emergência durante as próximas duas semanas. Os líderes europeus falaram com os médicos, bombeiros e militares que estão a trabalhar no resgate, depois de terem sobrevoado, de helicóptero, o local onde o avião se despenhou. A seguir, visitaram uma capela onde está em permanência uma homenagem solene às 150 vítimas do acidente.
Menos de um ano após o desastre do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido a 17 de Julho de 2014, quando sobrevoava a Ucrânia em guerra, que traumatizou profundamente a Holanda, de onde eram 193 das 298 pessoas a bordo, e do mistério do desaparecimento do voo MH370, da mesma companhia aérea, a 8 de Março do ano passado, a gestão de crises com acidentes aéreos tornou-se tão delicada como andar sobre cacos de vidro.
Falar ou não falar, visitar ou não visitar o local da tragédia, dizer tudo logo ou dosear a divulgação da informação? O Parlamento Europeu guardou um minuto de silêncio pelas vítimas do desastre nesta quarta-feira, e o Presidente Hollande optou por fazer uma declaração pública muito rapidamente na terça-feira – juntamente com o rei de Espanha, Felipe IV, que estava a fazer uma visita oficial a Paris. Felipe e Letizia apressaram o regresso a Madrid, e a comida do banquete com que iam ser agraciados foi distribuída aos pobres, noticiava o jornal Le Parisien.
Enquanto o rei regressava a Espanha, o chefe do Governo preparava a visita, em representação do país, ao local da catástrofe que fez 51 vítimas espanholas, entre outras de mais países, para ver os actos de luto que se estão a fazer em França e inteirar-se das acções de resgate – dos corpos e dos restos do avião, reduzidos a pedacinhos minúsculos.
Esta sexta-feira, Hollande foi o chefe de Estado acolhedor, que garantiu que tudo será feito para explicar o que aconteceu e que todos serão confortados. “Temos de compreender o que se passou, devemos isso às famílias”, afirmou François Hollande, para garantir: “Cara Angela, caro Mariano, fiquem seguros de que se fará luz sobre o que sucedeu. França tem experiência neste tipo de investigações”, garantiu o Presidente francês.
As famílias das vítimas começaram também a chegar a esta localidade francesa, a poucos quilómetros do local onde o avião caiu e ficou pulverizado. Foi montado um enorme dispositivo de acolho e apoio psicológico para estes familiares, que inclui alojamento, alimentação, apoio psicológico e de enfermagem, diz a AFP.