Apresentador de Top Gear não volta à BBC
A cadeia britânica não vai renovar o contrato de Jeremy Clarkson, o polémico apresentar do programa de automóveis.
O Guardian garante mesmo já ter confirmado a notícia, mas o apresentador disse a vários órgãos de comunicação social que até agora nada lhe foi comunicado.
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O Guardian garante mesmo já ter confirmado a notícia, mas o apresentador disse a vários órgãos de comunicação social que até agora nada lhe foi comunicado.
Ainda segundo o Guardian, o director-geral da BBC, Tony Hall, terá chegado à conclusão que não havia “a mais pequena alternativa” de renovação do contrato, colocando fim a uma carreira de 16 anos na estação.
A BBC defrauda assim as expectativas de vários milhares de espectadores que nas últimas semanas assinaram uma petição para que o apresentador do Top Gear voltasse à antena.
Clarkson esteve envolvido em várias polémicas ao longo anos e o último caso aconteceu no início do mês. O apresentador terá dado um murro ao produtor Oisin Tymon, alegadamente por não haver comida quente após um dia de filmagens em Newcastle.
O apresentador do popular programa de automóveis também já tinha sido acusado de racismo por usar a palavra nigger (preto) durante filmagens. Mas há mais: catalogou como “egoístas” as pessoas que se suicidam debaixo de comboios; disse que os trabalhadores grevistas deviam ser fuzilados; usou um termo racista num programa filmado na Birmânia; e acabou o ano de 2014 a conduzir um Porsche na Argentina com a matrícula H982 FKL, o que muita gente entendeu como uma referência ao conflito nas Malvinas/Falklands que opõe a Argentina e o Reino Unido.
Segundo a imprensa britânica, o Top Gear rende anualmente mais 150 milhões de libras (cerca 200 milhões de euros) à BBC, sendo o programa mais visto da BBC2, com cinco milhões de telespectadores ao domingo.