Taxas de sindicalização nos magistrados atingem os 93,6%

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Eleições dos sindicatos das duas magistraturas decorrem este sábado Adriano Miranda

As eleições de hoje são invulgares para as duas magistraturas, que parecem mostrar um dinamismo crescente numa altura em que o movimento sindical está em crise. Pela primeira vez desde que foi criada no pós-25 de Abril, a ASJP apresenta três candidatos. Também, pela primeira vez, há uma mulher na corrida à presidência da associação sindical.

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As eleições de hoje são invulgares para as duas magistraturas, que parecem mostrar um dinamismo crescente numa altura em que o movimento sindical está em crise. Pela primeira vez desde que foi criada no pós-25 de Abril, a ASJP apresenta três candidatos. Também, pela primeira vez, há uma mulher na corrida à presidência da associação sindical.

Há muito que os juízes estão habituados a uma bipolaridade que se resumia aos afectos ao Fórum Justiça Independente, conotado com os apoiantes do antigo presidente do Supremo, Noronha do Nascimento, e a oposição a este, corporizada no Movimento Justiça e Democracia (MJD) constituído em 1997. Alziro Cardoso apoiado pelo Fórum Justiça Independente recusa assumir-se como noronhista e insiste que tem apresenta uma lista heterogénea. Associa as outras duas listas, a de Maria José Costeira e a de Luís Miguel Martins, ao Movimento Justiça e Democracia, que diz se dividiu. Maria José Costeira reconhece que é secretária-geral de uma associação que foi apoiada por aquele movimento, que agora apresenta um candidato próprio, mas recusa falar em cisões. A primeira mulher a candidatar-se à ASJP insiste ter uma lista independente, que quer unir os juízes.

No Ministério Público há mais de uma década que não havia concorrência nas eleições ao SMMP. Desde 2003, que a votação decorria com uma lista única. Desta vez, contudo, António Ventinhas que encabeça uma lista de continuidade – o actual presidente do sindicato, Rui Cardoso, não se recandidata, como também acontece com Mouraz Lopes, líder dos juízes – tem um adversário: Júlio Pina Martins que diz candidatar para acabar com a promiscuidade do sindicato com o conselho superior e com a Procuradoria-Geral da República. “O sindicato não deve ser poder. Deve ser contra-poder”, defende.