Um mau processo de chegar a Veneza
Portugal vai estar representado na Bienal de Veneza em 2015 pelo artista plástico João Louro, que terá à sua disposição, no centro de Veneza, um palácio histórico do século XVI, o Loredan. Porém, tal como sucedera com Joana Vasconcelos, em 2013, o processo parece estar cada vez mais entregue à iniciativa dos artistas. Se é à Direcção-Geral das Artes que cabe a responsabilidade pela internacionalização da arte portuguesa, e se a Bienal de Veneza é o mais importante evento mundial do género, o processo deveria começar pela nomeação de um comissário que depois procederia, com transparência, a uma selecção. Mas a falta de dinheiro parece empurrar a iniciativa para os próprios artistas, que "se candidatam” e acabam por ser aceites porque já conseguiram o essencial: financiamento de mecenas. O Estado acrescenta o resto (que é pouco) e lava daí as mãos. Assim, mesmo que a representação possa ser boa, estamos perante um mau processo.
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Portugal vai estar representado na Bienal de Veneza em 2015 pelo artista plástico João Louro, que terá à sua disposição, no centro de Veneza, um palácio histórico do século XVI, o Loredan. Porém, tal como sucedera com Joana Vasconcelos, em 2013, o processo parece estar cada vez mais entregue à iniciativa dos artistas. Se é à Direcção-Geral das Artes que cabe a responsabilidade pela internacionalização da arte portuguesa, e se a Bienal de Veneza é o mais importante evento mundial do género, o processo deveria começar pela nomeação de um comissário que depois procederia, com transparência, a uma selecção. Mas a falta de dinheiro parece empurrar a iniciativa para os próprios artistas, que "se candidatam” e acabam por ser aceites porque já conseguiram o essencial: financiamento de mecenas. O Estado acrescenta o resto (que é pouco) e lava daí as mãos. Assim, mesmo que a representação possa ser boa, estamos perante um mau processo.