Marques Guedes pede consenso no debate sobre natalidade
Parlamento discute “problema nacional” em Abril. Ministro da Presidência pede que seja encontrada uma base de trabalho comum.
“Espero mesmo que se tenha caminhado para um espaço de consenso, nomeadamente por parte dos diferentes partidos políticos, quanto à prioridade a dar às políticas de natalidade”, disse Marques Guedes em Viseu durante um seminário intitulado A crise da natalidade e o futuro do país: temos respostas?.
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“Espero mesmo que se tenha caminhado para um espaço de consenso, nomeadamente por parte dos diferentes partidos políticos, quanto à prioridade a dar às políticas de natalidade”, disse Marques Guedes em Viseu durante um seminário intitulado A crise da natalidade e o futuro do país: temos respostas?.
O governante pediu um “esforço colectivo” para que seja encontrada uma base de trabalho comum que permita “uma estratégia sustentada acima das mudanças do exercício do poder político” e para uma causa que considera ser “um problema nacional”.
“A busca de compromissos para a resolução de problemas que são nacionais é uma modalidade com muito poucos adeptos e ainda menos praticantes na política portuguesa, mas é uma cultura que precisamos de inverter”, sustentou o governante. “Se nada se fizer, caminhamos para um encolhimento da nação portuguesa em cerca de um terço até 2050 e, num quadro como este, em curto, médio prazo, estamos confrontados com a insustentabilidade do Estado Social como o conhecemos e a potenciar um dramático conflito entre gerações”, alertou.
Também Joaquim Azevedo, que presidiu à Comissão Independente para uma Política de Natalidade e que elaborou o relatório pedido pelo PSD no ano passado, disse, no mesmo seminário, que Portugal está com um problema “muito grave” em mãos” e ao qual é preciso responder com “urgência”.
O autor do relatório Por um Portugal amigo das crianças, das famílias e da natalidade: 2015-2035 voltou a alertar que o modelo do Estado Social pode estar em causa.
"A situação é demasiado grave, mas a generalidade das pessoas não tem consciência da gravidade da situação em termos de futuro. Tudo isto compromete claramente o tipo de vida que construímos ao longo destes 40 anos e a sobrevivência do próprio modelo de Estado Social", lamentou.