Maduro volta a ter poder para governar a Venezuela por decreto

Lei é resposta às sanções decretadas pelos Estados Unidos.

Foto
È a segunda vez que Nicolás Maduro assume este poder FEDERICO PARRA/AFP

“Os EUA só querem deitar a mão às riquezas da Venezuela, como fizeram noutros países”, afirmou a deputada Tania Diz, ao apresentar a Lei Habilitante Anti-Imperialista para a Paz. Esta lei autoriza o Presidente Maduro a ditar no Conselho de Ministros decretos para “reformais leis no âmbito da liberdade, a igualdade, a justiça e paz internacional, a independência, a soberania, a integridade territorial e a autodeterminação nacional”, cita o jornal El Mundo venezuelano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Os EUA só querem deitar a mão às riquezas da Venezuela, como fizeram noutros países”, afirmou a deputada Tania Diz, ao apresentar a Lei Habilitante Anti-Imperialista para a Paz. Esta lei autoriza o Presidente Maduro a ditar no Conselho de Ministros decretos para “reformais leis no âmbito da liberdade, a igualdade, a justiça e paz internacional, a independência, a soberania, a integridade territorial e a autodeterminação nacional”, cita o jornal El Mundo venezuelano.

Tudo isto aconteceu em resposta à decisão da Casa Branca de decretar sanções contra sete indivíduos ligados ao regime da Venezuela, país que foi classificado como uma ameaça para a segurança nacional norte-americana. À porta do Parlamento, havia manifestantes vestidos de vermelho, que gritavam “Yankees go home”, relata a Reuters.

Esta não é a primeira vez que o Parlamento venezuelano concede poderes destes ao Presidente, desde que Hugo Chávez tomou o poder: na verdade, é a sexta, nos últimos 16 anos, e a segunda, desde que Maduro assumiu a presidência, em 2013. Mas não é por não ser inédita que suscita menos indignação

A decisão norte-americana deu um novo fôlego à oposição Venezuelana. “Corruptos, as vossas viagens ao Disney World acabaram-se”, disse no Twitter o líder oposicionista Henrique Capriles, referindo-se às sanções. “O povo venezuelano não é estúpido. Esta medida é contra vocês, não contra a Venezuela”, cita-o a Reuters.