Mais de 80% das escolas classificadas com Bom e Muito Bom pela Inspecção-Geral
Os resultados intercalares do segundo ciclo da avaliação externa das escolas são esta sexta-feira debatidos por especialistas.
O domínio da Liderança e Gestão é aquele em que a classificação de Muito Bom é mais significativa (42,2%); mas é na Prestação do Serviço Educativo que a soma das classificações de Bom (56,3%) e de Muito Bom (31,5%) é mais alta (87,8%). No que respeita aos Resultados (que incluem, entre outros aspectos os resultados académicos e sociais), as classificações distribuem-se pelo Bom (57,9%), Muito Bom (24%), Suficiente (17,6%) e Insuficiente (0,5%). A classificação de excelente só chegou a ser aplicada pelos inspectores no domínio da liderança e em 0,5% das escolas.
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O domínio da Liderança e Gestão é aquele em que a classificação de Muito Bom é mais significativa (42,2%); mas é na Prestação do Serviço Educativo que a soma das classificações de Bom (56,3%) e de Muito Bom (31,5%) é mais alta (87,8%). No que respeita aos Resultados (que incluem, entre outros aspectos os resultados académicos e sociais), as classificações distribuem-se pelo Bom (57,9%), Muito Bom (24%), Suficiente (17,6%) e Insuficiente (0,5%). A classificação de excelente só chegou a ser aplicada pelos inspectores no domínio da liderança e em 0,5% das escolas.
Do inquérito de satisfação feito nos estabelecimentos de ensino, que teve uma taxa de resposta de 78%, os alunos do 1.º, 2.º, 3.º ciclos e secundário destacam como positivo o facto de terem vários amigos na escola. No topo da coluna com o título “discordam mais” está em todos os ciclos de ensino a frase “utilizo o computador na sala de aula todas as semanas”.
Os professores manifestam maior grau de concordância com as frases “a escola é aberta ao exterior”, “gosto de trabalhar nesta escola” e “a direcção é disponível”. Já não concordam que as salas de aula sejam confortáveis, que os espaços de desporto e de recreio sejam adequados e que o comportamento dos alunos seja bom.
Hoje, num seminário promovido em Coimbra pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), pela IGEC e pela Universidade do Minho (UM) vários especialistas vão analisar estes dados, mas também o impacto da avaliação externa nas próprias escolas e respectivas comunidades. Este está a ser avaliado por várias universidades, no âmbito de um projecto de investigação coordenado por José Augusto Pacheco, do Instituto de Educação da UM.
Esta quinta-feira, em declarações ao PÚBLICO, José Augusto Pacheco sublinhou que de acordo com os resultados preliminares do estudo, que ainda está em curso, “o impacto é, de uma forma geral, positivo”. Fez notar que, ainda assim, se notam “alguns efeitos perversos do modelo de avaliação”, que ao valorizar os resultados académicos finais, exemplificou, “faz com que sejam principalmente os professores de disciplinas que estão sujeitas a exame a envolverem-se no processo, mantendo-se os restantes alheados”. “Por essa e por todas as razões, é importante que a avaliação entre nas salas de aula”, disse.
O programa de avaliação externa das escolas teve um primeiro ciclo de avaliação entre 2006-2011 e o segundo ciclo iniciou-se no ano lectivo 2011/2012. Desde Janeiro de 2013 que a IGEC faz acções de acompanhamento das escolas com resultados mais baixos.